novembro 23, 2021

BATATAS E CEBOLINHAS NO TACHO

Batatas e cebolinhas no tacho

Hoje veio cá a casa almoçar de repente, sem pré-aviso, coisa que eu gosto sempre muito, uma grande amiga, co-autora deste blog, a Lou. O almoço foi o que estava já previsto: salmão grelhado com batatinhas e cebolinhas cozidas em vinho branco.

Há anos que faço esta receita do livro da Casa da Comida. Ficam muito saborosas e são óptimas para esta altura do ano em que há batatinhas novas.

Na receita original, as batatas são descascadas mas, em época de batatinha nova, não é necessário.

Ingredientes

  • 1 kg batatinhas novas com pele
  • 1/2 kg de cebolinhas pequenas
  • 5 dentes de alho esborrachados
  • 1 fl louro
  • 1 dl azeite
  • 1 dl vinho branco seco
  • 1 c chá bem cheia sal grosso moído
  • 1 c chá rasa pimenta
  • raminhos de alecrim (não vem na receita original, mas fica mais aromatizado)

Lavei bem as batatinhas e descasquei as cebolinhas e os alhos.
Entretanto, aqueci o azeite com os alhos e a folha de louro num tacho largo. Logo que o azeite começou a ferver, deitei as batatas, as cebolas, o vinho, o alecrim em raminhos, temperei com o sal e a pimenta, tapei o tacho e deixei cozer, sacolejando o tacho de quando em vez.

Quando as batatas e as cebolas estiverem cozidas, desligar o lume e servir de imediato.

Acompanha peixe grelhado, carnes assadas, ficando óptimas numa salada fria.

Ana.

ONE-PAN SPAGUETTI


One-pan spaguetti
 Vi esta receita no Instagram da Isabel Zibaia Rafael, que por sua vez se inspirou na da Martha Stewart.

É fantástica, prática, fácil de fazer e muito saborosa!

Ingredientes para duas pessoas

  • 250 grs esparguete
  • Um pacote folhas de espinafres
  •  8 tomates cereja cortados ao meio
  • 1 cebola em rodelas finas
  • 2 dentes alho laminados
  • 2 c sopa de azeite
  • sal e pimenta qb
  • 665 grs água
  • parmesão ralado
  • folhas de mangericão

Este mesmo método pode ser utilizado com outros ingredientes, como por exemplo nesta receita do Made by Choices.

Ingredientes para duas pessoas

  • 250 grs esparguete
  • Um pacote folhas de espinafres
    8 tomates cereja cortados ao meio
  • 1 cháv feijão preto cozido (ou lentinhas ou grão ou tofu)
  • 2 cháv cogumelos frescos partidos
  • 2 c sopa de azeite
  • 1 c chá pimentão doce em pó
  • sal e pimenta qb
  • 335 grs água
  • 330 leite de coco
  • Folhas de coentros 
  • Sumo de limão

Dependendo da criatividade de cada um, substitua ingredientes por outros que façam sentido e que tenha na sua despensa, como, por exemplo courgette em cubos, beringela, ervilhas, atum, presunto, mozzarela fresca, etc.

Ana

Pão integral e de centeio

 


Pão integral e de centeio
Fiz esta receita com base na do site King Arthur, no qual pesquiso tipos de farinhas, receitas, etc.
Para quem gosta de um pão com um sabor mais a noz ou avelã, este é o pão ideal.

Ingredientes

  • 3 chav (361g) de farinha integral
  • 1 3/4 chav (186g) de farinha de centeio
  • 1/4 chav (46g) de fécula de batata
  • 1/4 chav (28g) de leite em pó Nido
  • 2 colheres de sopa (25g) de açúcar demerara
  • 2 colheres de chá de fermento instantâneo Fermipan
  • 3 colheres de sopa (35g) de óleo de uva
  • 1 3/4 chav (397g) de água tépida
  • 2 1/4 colheres de chá (14g) de sal moído
  • 1 c sopa sementes de girassol

No total, coloquei 621 grs de farinhas (+ 28 grs) e 72 grs de água (-25 grs).

Misturei as farinhas numa tijela grande.

Fiz um buraco no meio, no qual coloquei o leite em pó, o açúcar, o fermento e o óleo. Mexi bem com uma colher metálica.

Juntei a água (se não conhece esta massa, vá adicionando a água aos poucos) e fui dando uns apertões até a massa ter absorvido toda a água.

Depois juntei o sal e repeti o processo. A massa fica pegajosa e rugosa.

Cubri a taça com uma película aderente (tb pode usar uma toca de banho - nova, claro!)  e deixei levedar 60 a 90 minutos, consoante a temperatura da sua casa. A minha estava a 22,4º e ficou 60 min.

Dei mais umas voltas à massa e deixei a levedar novamente 45 minutos, na mesma regra da temperatura referida anteriormente.

Dei mais umas voltas à massa e deixei a levedar novamente 30 minutos, na mesma regra da temperatura referida anteriormente.

A massa continua muito pegajosa e sem véu. Fiz a dobra, boleei, criei tensão, virei a massa sobre o banneton forrado com um pano e enfarinhado levemente e deixar a levedar novamente uns 30 min.

Perto do final do tempo de fermentação (tipo 10 min antes), pré-aqueci o forno a 200ºC e coloquei o tacho de ferro lá dentro.

Dei uns golpes no pão com uma lâmina, para ficar mais bonito.

Quando o forno alcançou a temperatura pretendida, retirei o tacho para fora, rapidamente coloquei um pouco de farinha no fundo (também pode colocar uma folha de papel vegetal), pincelei com água o pão, coloquei as sementes de girassol por cima e assei o pão por 30 minutos com a tampa colocada.

Retirei a tampa e deixei a assar por mais 5 a 10 minutos para alourar.

Para ver se estava bem cozido, bati com os nós dos dedos na base do pão. Saindo um som oco, é porque está bom. 

Deixei o pão a rrefecer sobre uma rede e depois foi só cortar às fatias e comer com manteiga, doce, queijo, o que se quiser.

Congelei as fatias que sobraram, que ficam óptimas depois torradinhas.

Ana

 

novembro 22, 2021

OS MEUS CARTAXINHOS

 

Começo por dizer que esta imagem não é dos meus cartaxinhos, mas retirada do Público. Esqueci-me de fotografar, o que acontece com frequência, mas posso dizer que ficaram iguais.
 
Muito irritada porque acabei de apagar o post gigante que tinha feito e descobri que o Blogger não permite recuperar mensagens apagadas, escrevo de novo, talvez de forma mais reduzida, a receita dos meus cartaxinhos.
Nunca provei os originais da pastelaria Martinica no Cartaxo, mas fiquei curiosa!
Convidada para jantar em casa de Lisboa de um amigo, mas que tem casa em Vale da Pinta, Cartaxo, apeteceu-me levar uns bolinhos para a sobremesa que, no mínimo, lembrassem os famosos cartuchinos da Martinica, pastelaria fantástica no Cartaxo.

Pesquisando na internet, cheguei a esta receita que tirei do site Clube de Vinhos Portugueses. Alterei a ordem de adição dos ingredientes e especifiquei o tipo de farinha e chila utilizados. Ficaram muito bons.

Ingredientes

  • 12 ovos + 1 ovo desfeito
  •  500 gr açúcar 
  • 250 gr amêndoa picada
  • 200 gr doce de chila (Celeiro)
  • 2 c farinha T55 com fermento
  • 125 gr margarina

Batem-se as 12 claras em castelo e reserva-se.

De seguida, batem-se as 12 gemas com o açúcar, até se obter uma gemada à qual se junta o ovo, a amêndoa, a gila e a farinha em chuva. 

Envolvem-se as claras batidas em castelo e vai ao forno em formas pequenas e bem untadas com margarina derretida ou spray de cozinha. Usei forminhas de silicone para garantir que se desenformam melhor.

Quando os bolinhos estiverem cozidos, retiram-se do forno. Deixei-se arrefecer e, na hora de servir, polvilhei com açúcar em pó. Depois coloquei em caixinhas de papel.

Os meus levaram 10 min em forno pré-aquecido a 180º, mas varia com o forno de cada um. O melhor é espetar um palito, que deve sair seco.

Dei a experimentar no atelier e dois colegas que disseram que a quantidade de açúcar era perfeita.

A receita original só refere doce de chila, pelo que esta versão, com doce de chila sem açúcar comprada no Celeiro, é menos gulosa do que se comprar um doce de chila normal ou mesmo se fizer em casa o doce tradicional. 

Para quem gostar do kick típico dado pelo açúcar dos doces conventuais (o que é o meu caso), opte pelo doce de chila normal.

No jantar, o meu amigo não reconheceu os Cartaxinhos, o que me entristeceu um pouco, mas depois disse-me que, já tendo ouvido falar deles, nunca os tinha provado.

Fiquei mais animadita! :)

Só falta eu ir lá e provar os originais para comparar!

Ana

CROQUETES DE ESPINAFRES E QUEIJO

Croquetes de espinafres e queijo

Fomos ao supermercado e a minha filha M. insistiu em comprar uns croquetes de espinafres (que me recusei a pagar) porque já sabia que, além de não prestarem, iam fazer-lhe mal.

Mal cheguei a casa, decidi pôr mãos à obra e fazer eu uns croquetes de espinafres.

Vi uma receita que me pareceu boa, substituí o queijo emmental ralado por queijo flamengo, por ser o que tinha em casa, e fiz rapidamente os croquetes.

Fiz na bimby mas podem sempre ser feitos com outro processador de alimentos (123). Dá para congelar e servir como entrada ou como prato principal, acompanhados por uma boa salada verde, uns tomates cherry e um arroz solto.

Para o pão ralado
150 grs de sobras pão e 10 grs de mangericão ralados na bimby 5 seg/ vel 10 ou comprar pão ralado que já se vende aromatizado com salsa.

Ingredientes para 24 croquetes

  • 2 dentes de alho
  • 30 grs azeite
  • 300 grs  espinafres congelados
  • 400 grs leite
  • 60 grs farinha tipo 55 sem fermento
  • 1 c chá sal
  • pimenta preta qb
  • noz moscada q.b.
  • 50 grs de emmental ralado na bimby 5 seg/ vel 10 (usei flamengo em fatias que cortei bem fininho com uma faca)
  • 5 grs parmesão ralado 
  • 45 grs pão ralado
  • 2 ovos para panar
  • Farinha e mais pão ralado qb para panar

Comece por fazer o pão ralado, se não o comprar já feito, e reserve.
No copo da bimby, coloque o alho e o azeite, triture 3 seg/ vel 8 e depois refogue 3 min/ vel 120º/ Vel 1.
Junte os espinafres e salteie 3 min/ vel 120º/ vel 1.
Adicione o leite, a farinha, o sal, a pimenta e a noz moscada e vai a cozinhar mais 8 min/ 90º / Vel 2.
Agora é altura de envolver os queijos emmental e parmesão e os 45 grs de  pão ralado e cozinhar mais 3 min/ 90º/ Vel 2.

Retire a massa dos croquetes para uma tábua de cozinha, forme um rolo tipo salame, cubra com película aderente para a massa não criar uma carapaça e deixe arrefecer no frigorífico, para os croquetes serem mais facilmente moldáveis.

Entretanto, prepare um prato com farinha, outro com os ovos batidos e um terceiro com  o pão ralado que sobrou.

Quando a massa estiver fria, divida em 15 partes iguais e molde os croquetes, oleando as mãos um pouco com óleo para não pegarem. Passe por farinha, ovo e o pão ralado e reserve.

Se quiser fritar logo, prepare um prato com papel de cozinha, onde vai deitar os croquetes depois de fritos.
Aqueça o óleo a 180º, frite os croquetes e deixe-os a arrefecer no prato para que o papel absorva o excesso de óleo.

São uma delícia.

A Maria gostou muito destes mas disse que os da Padaria Portuguesa também são bons, mas menos cremosos. Vou ter que ir lá comprar um para provar...

Ana

outubro 08, 2021

LICOR DE CAROÇOS DE NÊSPERA OU SERÁ DE AMÊNDOA AMARGA?

 

Licor de caroços de nêspera

Da nespereira que há no pátio do prédio onde tenho casa, em Alcácer, gosto de colher os frutos, para depois os comer tal e qual, fazer doce de nêspera e também este licor, que sabe a amêndoa amarga. Aliás, diz-se que é o licor de amêndoa amarga dos pobres.

Vi várias opções de receitas e decidi experimentar uma de Pietro Demaio, nascido em Melbourne, e filho de pais italianos.  Tem coleccionado receitas tradicionais italianas misturadas com memórias de infância de suas viagens e uma educação tradicional italiana.  Acrescentei a canela à receita original e alterei os tempos da marinada.

Ingredientes (quantidades adaptadas)

  • 70 caroços de nêspera
  • 700 ml vodka
  • 700 ml água
  • 280 grs açúcar branco 
  • 1 pau canela

Após ter lavado os caroços de nêspera, deixei-os a marinar no vodka, numa garrafa de vidro bem tapada, num local escuro (no meu caso na despensa) durante 3,5 meses.

Após esse tempo, filtrei o líquido para retirar os caroços, que deitei fora.
Juntei um pau de canela, 700 ml de água e 280 grs açúcar branco e deixei novamente a marinar por 1 mês. 
 
Quando estava pronto, verti o licor em frascos esterilizados que rolhei bem e guardei no frigorífico.
Tal como a amarguinha, bebe-se bem frio e com um cubo de gelo, como fez a Mónika para terminar o óptimo jantar de caldeirada preparado pelo Pedro. Tenho que experimentar a juntar umas gotas de limão como sugeriu a Ju.
 
Sabe mesmo a amêndoa amarga. Bom!!!!
 
Ana 

setembro 12, 2021

BOLACHINHAS DE AVEIA, GENGIBRE E TÂMARAS

 Bolachinhas de aveia e tâmaras

- Mãe, davam-me jeito umas bolachinhas para levar para o lanche.

Lembrei-me que gostava das bolachinhas de gengibre do Ikea e pesquisei uma receita que não tivesse açúcar.
Assim, adaptei uma receita que vi no site Mady by Choices. Ficam muito boas e são extremamente saciantes. Enganam muito bem a fome a meio da manhã e só levam coisas boas!

Ingredientes

  • 220 grs farinha de aveia (triturei os flocos na Bimby)
  • 60 grs amêndoas cruas com pele
  • 150 grs tâmaras pesadas sem caroço
  • 3 c sopa óleo de coco em estado líquido
  • 80 ml de leite vegetal (usei de amêndoa)
  • 1 c sopa de canela em pó
  • 1  chá de gengibre em pó
  • 1 c chá de fermento para bolos

Colocam-se todos os ingredientes num processador e trituram-se até se obter uma pasta moldável.

Depois, molda-se a massa em formato de chouriço, envolve-se em película aderente e vai ao frigorífico durante 1 hora para endurecer um pouco.

Pré-aquece-se o forno a 180º.

Cortam-se 30 rodelinhas da massa e, com as mãos um pouco oleadas, fazem-se umas bolinhas que se achatam com a palma da mão. Por cima pode pôr-se uma amêndoa. Como não tinha mais amêndoas, fui aos amêndoins que tinham sobrado de fazer a manteiga (de amendoim, óbvio).

Colocam-se as bolachinhas sobre o tabuleiro do forno coberto por uma folha de papel vegetal de cozinha, nos suportes centrais, durante 10 min. Retiram-se de imediato e deixa-se arrefecer sobre uma rede.

TIP:
Também se pode esticar a massa entre duas folhas de papel vegetal, com um rolo da massa

e depois cortar com uma forminha própria. Fiz uns em forma de corações e ficam mais estaladiços do que os primeiros, porque a massa fica mais fininha.

Neste caso, guarde primeiro a massa no frigorífico em forma de bola achatada e depois corte com uma forminha própria. 

Se não gosta de gengibre, substitua por raspa de limão

Ana

SOPA DE QUINOA E ESPINAFRES

Para variar, esqueci-me de tirar fotografia, mas ficou igual a esta que retirei deste site www.mycolombianrecipes.com

Sopa de quinoa e espinafres

Tinha acabado a sopa de coentros e, como muitas vezes o meu jantar é só sopa, tenho sempre em casa, mesmo no Verão uma sopa, que até pode ser quente.

A Maria costuma pedir para eu comprar uns pacotes de legumes pré-preparados com quinoa ou couscous, para quando tem pressa (e tem sempre...) ter à mão para uma refeição rápida.
Desta vez experimentei fazer uma sopa com um desses pacotes (não estava com pressa, mas quis experimentar :))

Parece um pouco como sopa de feijão, fica muito saborosa!

Ingredientes

  • 1 cebola grande
  • 1 dente alho
  • 1 pacote de espinafres frescos
  • 1 c sopa coentros frescos
  • 2 rodelas grossas de chouriço
  • 1/2 pacote de quinoa, couve flor e  congelados (comprei no Continente)
  • 1 mão cheia de bróculos (pode também conter o talo cortado em rodelas finas)
  • 2 copos de água
  • 1 c sopa azeite
  • 1 c chá sal

Colocar todos os ingredientes menos o azeite e o sal na na panela ou na bimby  e deixar cozer (na bimby são 20 min/ 100º/ Vel 1).

Depois, retirar as rodelas de chouriço, deitar fora a pele envolvente e voltar a deitar no recipiente. Juntar o azeite e o sal e triturar ou com a varinha mágica (com o copo da 123 fica muito mais aveludado) ou na bimby 2 min/ vel 7 (ir subindo a velocidade aos poucos).

Fica muito boa! e acabei por  comer uma tijela ao lanche! :)

Ana

agosto 22, 2021

TARTE DE PERINHAS DO MORELINHO E CREME DE AMÊNDOA

Tarte de peras e creme de amêndoa

Quem me quer ver contente, ponha-me debaixo de uma árvore a tentar apanhar fruta, para levar para a cozinha e pensar no que fazer!

Desta vez, foram as perinhas da minha amiga Bicha que, de tão duras (pêra rocha), passaram a chamar-se  pedrinhas. Não se conseguem comer cruas, mas cozinhadas ficam uma delícia!

Como tanto eu como as pêras gostamos muito de amêndoas, aventurei-me numa, um pouco trabalhosa mas fácil, tarte recheada com um creme de amêndoa e coberta das perinhas da Bicha.

A receita original tem o nome de Tarte Bourdaloue aux Poires e é do Zine de Pão.

Cozer as peras

  • 4 peras-rocha grandes
  • 500 ml água (usei 300 ml)
  • 150 grs açúcar branco
  • 1 vagem de baunilha (usei 1 c sobremesa de extracto de baunilha)
  • 1/2 c chá de grãos de pimenta Schizuan (usei pimenta preta)
  • 1 pau de canela
  • 1 estrela de anis (não tinha)
  • 1 limão

Numa panela ao lume, deixei derreter o açúcar na água e reservei.

Enquanto isso, descasquei as peras, que envolvi num pouco de sumo de limão para não escurecerem. Reservei.

Deitei então as especiarias e o extracto de baunilha na calda de açúcar, juntei as peras, o restante sumo de limão e levei a cozer em lume médio até as peras estarem macias, uns 15 min. Deixei arrefecer e reservei numa taça tapada com película aderente, de um dia para o outro no frigorífico, para apurar os sabores.

 

Massa quebrada (doce)

  • 200 grs farinha de trigo T55 sem fermento
  • 100 grs manteiga (fria em cubos)
  • 50 grs açúcar mascavado
  • 1/2 ovo (partir 1 ovo, misturar e reservar só metade)
  • 1 pitada de sal

Misturei os secos numa tijela.

Juntei a manteiga fria aos cubos e, com os dedos, misturei rapidamente nos secos, até obter uma areia. Este processo tem que ser rápido para não aquecer a manteiga.

Juntei o meio ovo e amassei até obter uma massa (sem a trabalhar em excesso), que reservei por 30 min no frigorífico, coberta de película aderente.

 

Creme de amêndoa (Frangipane)

  • 120 grs ovos (2 ovos Bio)
  • 120 grs manteiga sem sal (pomada)
  • 120 grs açúcar branco
  • 120 grs amêndoa ralada
  • 15 grs farinha de trigo T55 sem fermento

Misturei os secos, aos quais adicionei os ovos um a um, batendo a mistura entre cada adição. Envolvi na massa a manteiga em pomada com uma espátula de silicone,e reservei no frigorífico.

 

Preparação e Montagem

Liguei o forno a 180ºC (a receita refere 170ºC, dependendo do forno de cada um).

A receita pede uma forma de 20 cm com fundo amovível. Como não tinha, coloquei numa forma de 15 cm e, com a massa que sobrou, fiz mais 8 tartelettes. Para a tarte maior, coloquei um círculo de vegetal de cozinha untado com manteiga no fundo da tarteira. De seguida, estendi a massa com o rolo até obter uma espessura de 2-3 mm e forrei o fundo e os lados da forma com a massa. Para as tartelettes usei umas formas caneladas de silicone e não foi preciso colocar o vegetal, nem sequer untar com manteiga.

Cozi esta base primeiro, sem o recheio, coberta com vegetal e um peso em cima (podem ser feijões ou grão secos) durante 10 min. Deixei arrefecer.

Nesta altura fui tratar das peras. Retirei-as do líquido e laminei-as com uma espessura de  5 mm. Deixei a calda de açúcar reduzir ao lume até obter uma consistência de xarope, depois de frio.

Sobre a base das tartes já frias, deitei um fundo de creme de amêndoa e, por cima, as pêras laminadas. 

Pincelei com o xarope de açúcar e levei ao forno durante 30 min (pode ir de 20 min a 20 min, dependendo do seu forno). 

Hoje, acompanhei o café com uma tartelette. Como são bastantes doces, acho que ficam muito bem com um gelado de natas ou só com natas batidas a acompanhar.

Muito bom! amanhã vou levar as restantes para um jantarinho, para não ficar com estas bombitas em casa!

Ana.

agosto 11, 2021

MAICENITAS ARGENTINAS ou ALFAJORES


Alfajores de maicena

A M., amiga da minha filha, ficou cá em casa uns dias. Vive em Londres mas é Argentina, daquele lugar mágico que é a Patagónia.

Lembrei-me de fazer uns bolinhos típicos argentinos, para que se sentisse bem, como na sua terra natal! 

Soube entretanto que a M. vive há tanto anos em Londres, que talvez essa já seja também a sua casa!  Devia ter feito um Victoria Sponge Cake?

Anyway,  penso que gostou dos bolinhos que levou para uma festa com amigos chilenos e argentinos! fiquei mesmo contente!

As maicenitas são umas bolachas feitas com uma massa tipo 'areias', recheadas com 'dulce de leche' e cobertas de lado com coco ralado.  Desfazem-se na boca devido à quantidade de manteiga que levam. Não se podem comer diariamente, mas esta era uma ocasião de festa.

Segui a receita de uma chef argentina que pesquisei na internet.

Bolachas (30 maicenitas com 5 cm de diâmetro)

  • 200 gr farinha de trigo T55 
  • 300 gr farinha de milho Maizena
  • 1/2 c chá bicabornato de sódio
  • 2 c chá fermento em pó para bolos tipo Royal
  • 150 gr açúcar em pó
  • 1 pitada de sal
  • 200 gr manteiga sem sal com consistência de pomada
  • 1 ovo + 3 gemas
  • 1 c chá extracto de baunilha ou as sementes de 1 vagem de baunilha
  • Raspa de 1 limão médio Bio (só a parte amarela)
  • Coco ralado q.b.

Numa tijela grande de vidro ou metálica, misturam-se os dois fermentos nas farinhas. Junta-se depois o açúcar e mexe-se bem. No final mistura-se o sal.
Com as mãos e dentro da tijela, mistura-se a manteiga com os secos, apertando, dando a volta, até a massa ganhar consistência e começar a despegar-se da tijela (adoro este trabalho!). Uso só uma mão para a outra ficar limpa e ir rodando a taça. Agora juntam-se o ovo e as gemas, continuando sempre a amassar com a mão.

Nesta altura liga-se o forno a 180º. 

Agora que a massa já forma uma bola, coloca-se sobre a bancada da cozinha. Fiz um rolo tipo salame que dividi em dois. Congelei metade, envolvida em duas folhas de película anti-aderente e reservei para outra altura. Depois, foi só colocar no frigorífico para descongelar e repetir o processo seguinte.

Para estender a massa com um rolo, eu coloco-a sobre um pano branco especial para esticar massas porque assim não se agarra à mesa, não sendo necessário polvilhar a bancada com farinha. Como o pano é grande, cubro também a massa com o pano e assim o rolo também não se agarra. 

Estende-se a massa com o rolo e com um cortador com 5 cm cortam-se pequenos círculos que se colocam no tabuleiro do forno previamente forrado com vegetal de cozinha ou, se não tiver, barrado e enfarinhado, para as bolachas não se pegarem ao fundo. Podem ficar ao lado umas das outras porque não aumentam de tamanho.

Se estiver muito calor e vir que a massa está muito mole e difícil de cortar, pode colocar por uns minutos no frigorífico.

Vão a forno médio, no tabuleiro a meio do forno, por 8 min.

Terminado o tempo, retiram-se as bolachinas com cuidado e com uma espátula, porque ainda estão moles, e deixam-se arrefecer sobre uma grelha.

Dulce de leche

  • 2 l leite gordo
  • 440 açúcar branco
  • 80 grs natas para bater
  • 2 gr bicabornato de sódio (1/2 c chá)

Numa panela com fundo espesso, colocam-se todos os ingredientes ao lume, com excepção do bicabornato de sódio.

Vai-se sempre mexendo até começar a ferver. Nessa altura baixa-se o lume para ficar só a borbulhar. Parece que nada acontece nas 1ªas 1H30 mas depois o creme começa a espessar. Nessa altura, juntar o bicabornato de sódio e continuar sempre a mexer até atingir um tom de caramelo clarinho. Demora mais outra hora, mais ou menos. Nuna pare de mexer e resista a pôr o lume muito alto. É bom para relaxar, pensar na vida, enquanto se ouve uma boa música. O creme deve ficar líquido, porque quando arrefece fica bem mais grosso.

Para verificar o ponto, deite uma colherinha de creme num prato e ponha num instante no frigorífico. Assim vertifica se fica com a consistência pretendida.

Agora é só deitar num frasco esterilizado.mais ou menos com 15 cm de altura e 10 de diâmetro  Guarda-se no frigorífico porque se mantém mais tempo.

O que sobra, se sobrar, é colocar sobre gelado de natas ou baunilha, ou um iogurte, como recheio de um bolo de chocolate, numa pavlova, em panquecas, recheio de bombons...Comer à colher é uma tentação!

Gosto sempre mais de fazer tudo 'from scratch', mas pode comprar-se já o dulce de leche feito.  É parecido com o leite condensado cozido mas mais leve.

Montagem
Depois de frias, e com cuidado porque são muito quebradiças, juntam-se duas a duas com o recheio do dulce de leche.  Se o dulce de leche estiver mais grosso porque está no frigorifíco, deixe aquecer primeiro cá fora ou coloque uns segundos no MW para que possa barrar as bolachas mais facilmente.

Num prato largo, deita-se um pouco de coco ralado. Passa-se o dulce de leche pelos lados das bolachas e rolam-se sobre o coco. 

E estão prontas a comer!

A M. diz que os seus amigos argentinos que estavam em Lisboa gostaram muito! Levei para um jantar  e foi aprovado. A Maria também gostou muito! Os 30 alfajores desapareceram em 2 dias! que bom que é cozinhar para família e amigos!

Para a próxima coloco mais recheio de dulce de leche que deve ficar com a mesma espessura das bolachas.

Ana

julho 20, 2021

GELADO DE IOGURTE, LIMÃO E MANGERICÃO COM AMÊNDOA TORRADA


Gelado de iogurte, limão e mangericão com amêndoa torrada

Queria fazer um gelado mas não tinha natas. Assim, vi uma receita que juntava iogurte com claras em castelo e decidi experimentar. Os restantes ingredientes foram adicionados para dar sabor ao gelado. Pode variar com o que quiser.

E ficou muito bom! suave e pouco doce! Coloquei em formas individuais. A repetir!

Ingredientes

  • 400 grs de iogurte grego natural
  • 4 claras em castelo
  • Sumo e raspa de 2 limões grandes bio
  • 4 c sopa mel
  • 10 fls mangericão fresco picadas
  • 1 pitada de sal
  • 2 c sopa amêndoa torrada triturada grosseiramente + on top

Misturar todos os restantes ingredientes com excepção das claras.

Bater as claras em castelo com uma pitada de sal e envolver na mistura anterior.

Colocar numa forma grande passada previamente por água, coberta com película anti-aderente e no congelador.

Se não tiver máquina de gelados, a meio do processo de congelação, quando já estiver um pouco sólido, retirar, colocar numa batedeira e bater bem para eliminar os cristais de gelo.

Depois voltar a colocar na forma ou em formas individuais no congelador.

É óptimo comido assim ou para acompanhar um bolo de chocolate, strudel ou crumble.

Hei-se experimentar a fazer com iogurte de baunilha e juntar umas bananas partidas em pedacinhos ou umas castanhas cozidas.

Ana

maio 31, 2021

TARTE FOLHADA DE PIMENTOS E TOMATES CHERRY GRLHADOS E HALLOUMI


Tarte Folhada de Pimentos, Tomate Cherry e Halloumi
A Melissa Thompson é uma jornalista e food writer da BBC.
Atraída pela imagem e pela descrição da receita, fiz esta tarde de massa folhada com uma base de queijo creme,  pimentos e tomatinhos grelhados por cima e finalizada com halloumi grelhado.
Os pimentos originais eram amarelos, os meus laranja. As quantidades foram adaptadas. De resto, tudo igual.

Ingredientes
  • 250 grs tomate cherry
    1,5 pimentos amarelos cortadosem tirinhas
  • 2 c sopa azeite
  • 250 grs halloumi (o meu era da marca Christies e comprei no Corte Inglês)
  • 1 embalagem de massa folhada rectangular de 375 grs 
  • 3 c sopa queijo-creme
  • 3 c sopa leite (duas para misturar com o queijo e uma para pincelar a moldura de massa)
  • 1 dente alho ralado
  • 1 gema ovo
  • folhas de mangericão e um gole de azeite para finalizar

Aqueci o forno a 140º Fan e de seguida cortei os pimentos em tirinhas e os tomatinhos ao meio. Deitei tudo num tabuleiro de forno forrado com papel vegetal, numa camada única. Envolvi em azeite e sal e ficaram a assar por 25 min. Reservei (no meu caso, ficaram no frigorífico até ao dia seguinte).

No dia seguinte, retirei a massa folhada que tinha guardado no frigorífico e, após 10 min, desenrolei-a, colocando-a sobre o tabuleiro do forno. 

Marquei com uma faca uma moldura de 2 cm na massa, e pincelei o interior do rectângulo com a pasta de queijo-creme desfeito no leite, e o alho ralado. No exterior da moldura vai-se pincelar com ovo e leite mais tarde.

Por cima do queijo-creme, espalhei os pimentos e os tomatinhos, descartando o líquido que se formou de terem sido assados. Pode guardar esse líquido para temperar uma salada, por exemplo.

Entretanto, pré-aqueci o forno a 180º Fan.

Fatiei o queijo com aproximadamente 5mm de espessura. Puz ao lume uma frigideira de ferro com um gole de azeite e, quando estava quente,  grelhei o queijo ,em lume médio/baixo durante uns 3 min de cada lado. Ir vigiando e não deixar grelhar muito.

Coloquei as fatias de queijo sobre os legumes, pincelei a moldura com a gema de ovo diluída numa colher de sopa de leite e ficou a assar 20/25 min até a massa estar crescida e dourada.

Espalhei o mangericão por cima, fiz uns riscos com azeite para dar mais brilho e sabor e levei à mesa.

É óptima! 

TIP: Experimentar a substituir o halloumi por mozzarela fresca.

Ana




maio 26, 2021

BOLO DE BANANA VEGAN

Bolo de banana Vegan

Pois é, mais um bolo de banana que os ingleses chamam pão mas, para mim, é um bolo de chá: porque tem açúcar que justifique chamar-lhe bolo. E pode ser comido com manteiga ou doce. eu prefiro assim, sozinho.

É vegan porque não leva qualquer ingrediente de origem animal. E leva farinha de amêndoa o que, para mim, é sucesso garantido, dando-lhe sabor, ficando mais pesado e húmido.

Fica muito bom comido no dia ou, melhor ainda, no dia seguinte. No próprio dia, ontem,  achei muito doce mas hoje...muito bom com o meu café no final do almoço. Congelei já em fatias que vou tirando sempre que me apetecer, ou seja, todos os dias a seguir ao almoço ou lanche. Depois que não me queixe...

A receita original é da Michelle do Healthier Steps. A minha versão acrescenta a canela.

Ingredientes

  • 1 chav leite amêndoa sem açúcar de preferência (marca Rude Health é muito boa)
  • 2 c chá extracto de baunilha
  • 1/3 chav óleo de coco derretido
  • 2 c sopa linhaça moída
  • 3 bananas muito maduras, descascadas e esmagadas
  • 1 1/2 chav farinha sem fermento T55
  • 1 chav farinha de amêndoa
  • 1 chav açúcar de cana orgânico
  • 2 c chá fermento em pó para bolos
  • 1/2 c chá sal moído
  • 1/2 c chá canela
  • Óleo de coco para olear a forma

Com óleo de coco untei uma forma de bolo inglês com 20 cm de comprimento medido por dentro, forrei o fundo e os lados maiores com papel vegetal de cozinha, voltei a olear e reservei.

Numa tijelinha misturei o leite de amêndoa com a baunilha, o óleo de coco e a linhaça, e reservei.

Num prato, esmaguei as bananas com um garfo reservei.

Nesta altura pré-aqueci o forno a 190º.

Noutra taça, misturei os secos - as farinhas, o açúcar, a canela, o fermento e o sal.

Deitei a mistura de leite nos secos e envolvi bem. Juntei as bananas esmagadas e voltei a mexer até estar tudo bem incorporado.

Coloquei a massa na forma e assei por 70-90 minutos ou até um palito inserido no meio sair seco.
Se vir que começa a queimar por cima, cubra a forma com uma folha de alúminio.Vá vigiando.

Retirei a forma do forno e deixei o bolo a descansar dentro da forma sobre uma grade durante 10 min.

Depois, foi só desenformar e deixar arrefecer sobre a grade.

É muito saboroso!

Ana

maio 19, 2021

BOLO DE NÊSPERA


 Bolo de Nêspera

O pátio de entrada na minha casa tem duas nespereiras que estão carregadinhas.
Fui apanhando, comendo, mas, a certa altura, comecei a investigar o seu uso para bolos, licores, compotas, etc. dado que não dava vazão a tanta fruta.
Descobri também que a nêspera é da família da amêndoa, o que me entusiasmou bastante porque sou consumidora de amêndoas diariamente.

Assim, fiz este bolo de amêndoa, cuja receita adaptei de outras que li, vi, investiguei. A farinha de amêndoa dá-lhe peso e profundidade, e o sabor da amêndoa com a nêspera é de facto um win-win.

Ingredientes

  • 100 mant sem sal amolecida
  • 150 grs açúcar amarelo
  • 30 grs açúcar amarelo para a marinada das nêsperas
  • 1 c sobremesa sumo limão para a marinada das nêsperas
  • 4 ovos grandes ou 5 pequenos
  • 4 c sopa leite
  • 300 grs farinha com fermento
  • 50 grs farinha de amêndoa
  • 1 c chá fermento para bolos
  • 400 grs nêsperas pesadas sem casca, sem caroços e partidas em bocados grandes
Comecei por arranjar as nêsperas. Metade da quantidade envolvi num pouquinho de sumo de limão e as 30 grs de açúcar para não escurecerem.  A outra metade, triturei e misturei no leite. Reservei ambas as preparações.
Numa taça bati a manteiga com o açúcar.
Quando estava um creme esbranquiçado, juntei as gemas misturadas em fio, com a batedeira em movimento.
Misturei o preparado de leite e nêspera, na massa.
Numa tijela à parte, juntei a farinha de trigo à farinha de amêndoa e ao fermento.
Fui deitando e misturando colheradas das farinhas à massa, com ajuda de uma peneira.
No final, bati as claras em castelo (com uma pitada de sal) e envolvi na massa, com ajuda de uma espátula de silicone.
Agora foi a altura de envolver as nêsperas reservadas.
 Ficou no forno a 170º Fan ou 180º durante 40 min.
 
Convém vigiar e espetar um palito para ver se o bolo já está cozido.
Se a parte de cima estiver a ficar mais escura, cobrir com papel de alúminio e continuar a assar.
 
Mais lá para a frente, vou postar o licor que estou a preparar com os caroços de nêspera, mas esse ainda ter que esperar uns meses.
 
A compota de nêspera fica muito boa, mas sem grande história:
  • 1 kg de  nêsperas pesadas sem casca, sem caroços e partidas em bocados grandes
  • 800 grs açúcar
  • sumo de 1/2 limão
  • 1 pau canela

Vai ao lume sem se mexer, uns 20 min. Depois de retirar o pau de canela, triture a gosto (eu  gosto de sentir uns pedaços). Deu para vários frasquinhos que ofereci aos vizinhos e para barrar  nas torradinhas, ou crepes ou scones que gosto de fazer para o lanche. Scones, só ao fim de semana...

Ana