maio 31, 2021

TARTE FOLHADA DE PIMENTOS E TOMATES CHERRY GRLHADOS E HALLOUMI


Tarte Folhada de Pimentos, Tomate Cherry e Halloumi
A Melissa Thompson é uma jornalista e food writer da BBC.
Atraída pela imagem e pela descrição da receita, fiz esta tarde de massa folhada com uma base de queijo creme,  pimentos e tomatinhos grelhados por cima e finalizada com halloumi grelhado.
Os pimentos originais eram amarelos, os meus laranja. As quantidades foram adaptadas. De resto, tudo igual.

Ingredientes
  • 250 grs tomate cherry
    1,5 pimentos amarelos cortadosem tirinhas
  • 2 c sopa azeite
  • 250 grs halloumi (o meu era da marca Christies e comprei no Corte Inglês)
  • 1 embalagem de massa folhada rectangular de 375 grs 
  • 3 c sopa queijo-creme
  • 3 c sopa leite (duas para misturar com o queijo e uma para pincelar a moldura de massa)
  • 1 dente alho ralado
  • 1 gema ovo
  • folhas de mangericão e um gole de azeite para finalizar

Aqueci o forno a 140º Fan e de seguida cortei os pimentos em tirinhas e os tomatinhos ao meio. Deitei tudo num tabuleiro de forno forrado com papel vegetal, numa camada única. Envolvi em azeite e sal e ficaram a assar por 25 min. Reservei (no meu caso, ficaram no frigorífico até ao dia seguinte).

No dia seguinte, retirei a massa folhada que tinha guardado no frigorífico e, após 10 min, desenrolei-a, colocando-a sobre o tabuleiro do forno. 

Marquei com uma faca uma moldura de 2 cm na massa, e pincelei o interior do rectângulo com a pasta de queijo-creme desfeito no leite, e o alho ralado. No exterior da moldura vai-se pincelar com ovo e leite mais tarde.

Por cima do queijo-creme, espalhei os pimentos e os tomatinhos, descartando o líquido que se formou de terem sido assados. Pode guardar esse líquido para temperar uma salada, por exemplo.

Entretanto, pré-aqueci o forno a 180º Fan.

Fatiei o queijo com aproximadamente 5mm de espessura. Puz ao lume uma frigideira de ferro com um gole de azeite e, quando estava quente,  grelhei o queijo ,em lume médio/baixo durante uns 3 min de cada lado. Ir vigiando e não deixar grelhar muito.

Coloquei as fatias de queijo sobre os legumes, pincelei a moldura com a gema de ovo diluída numa colher de sopa de leite e ficou a assar 20/25 min até a massa estar crescida e dourada.

Espalhei o mangericão por cima, fiz uns riscos com azeite para dar mais brilho e sabor e levei à mesa.

É óptima! 

TIP: Experimentar a substituir o halloumi por mozzarela fresca.

Ana




maio 26, 2021

BOLO DE BANANA VEGAN

Bolo de banana Vegan

Pois é, mais um bolo de banana que os ingleses chamam pão mas, para mim, é um bolo de chá: porque tem açúcar que justifique chamar-lhe bolo. E pode ser comido com manteiga ou doce. eu prefiro assim, sozinho.

É vegan porque não leva qualquer ingrediente de origem animal. E leva farinha de amêndoa o que, para mim, é sucesso garantido, dando-lhe sabor, ficando mais pesado e húmido.

Fica muito bom comido no dia ou, melhor ainda, no dia seguinte. No próprio dia, ontem,  achei muito doce mas hoje...muito bom com o meu café no final do almoço. Congelei já em fatias que vou tirando sempre que me apetecer, ou seja, todos os dias a seguir ao almoço ou lanche. Depois que não me queixe...

A receita original é da Michelle do Healthier Steps. A minha versão acrescenta a canela.

Ingredientes

  • 1 chav leite amêndoa sem açúcar de preferência (marca Rude Health é muito boa)
  • 2 c chá extracto de baunilha
  • 1/3 chav óleo de coco derretido
  • 2 c sopa linhaça moída
  • 3 bananas muito maduras, descascadas e esmagadas
  • 1 1/2 chav farinha sem fermento T55
  • 1 chav farinha de amêndoa
  • 1 chav açúcar de cana orgânico
  • 2 c chá fermento em pó para bolos
  • 1/2 c chá sal moído
  • 1/2 c chá canela
  • Óleo de coco para olear a forma

Com óleo de coco untei uma forma de bolo inglês com 20 cm de comprimento medido por dentro, forrei o fundo e os lados maiores com papel vegetal de cozinha, voltei a olear e reservei.

Numa tijelinha misturei o leite de amêndoa com a baunilha, o óleo de coco e a linhaça, e reservei.

Num prato, esmaguei as bananas com um garfo reservei.

Nesta altura pré-aqueci o forno a 190º.

Noutra taça, misturei os secos - as farinhas, o açúcar, a canela, o fermento e o sal.

Deitei a mistura de leite nos secos e envolvi bem. Juntei as bananas esmagadas e voltei a mexer até estar tudo bem incorporado.

Coloquei a massa na forma e assei por 70-90 minutos ou até um palito inserido no meio sair seco.
Se vir que começa a queimar por cima, cubra a forma com uma folha de alúminio.Vá vigiando.

Retirei a forma do forno e deixei o bolo a descansar dentro da forma sobre uma grade durante 10 min.

Depois, foi só desenformar e deixar arrefecer sobre a grade.

É muito saboroso!

Ana

maio 19, 2021

BOLO DE NÊSPERA


 Bolo de Nêspera

O pátio de entrada na minha casa tem duas nespereiras que estão carregadinhas.
Fui apanhando, comendo, mas, a certa altura, comecei a investigar o seu uso para bolos, licores, compotas, etc. dado que não dava vazão a tanta fruta.
Descobri também que a nêspera é da família da amêndoa, o que me entusiasmou bastante porque sou consumidora de amêndoas diariamente.

Assim, fiz este bolo de amêndoa, cuja receita adaptei de outras que li, vi, investiguei. A farinha de amêndoa dá-lhe peso e profundidade, e o sabor da amêndoa com a nêspera é de facto um win-win.

Ingredientes

  • 100 mant sem sal amolecida
  • 150 grs açúcar amarelo
  • 30 grs açúcar amarelo para a marinada das nêsperas
  • 1 c sobremesa sumo limão para a marinada das nêsperas
  • 4 ovos grandes ou 5 pequenos
  • 4 c sopa leite
  • 300 grs farinha com fermento
  • 50 grs farinha de amêndoa
  • 1 c chá fermento para bolos
  • 400 grs nêsperas pesadas sem casca, sem caroços e partidas em bocados grandes
Comecei por arranjar as nêsperas. Metade da quantidade envolvi num pouquinho de sumo de limão e as 30 grs de açúcar para não escurecerem.  A outra metade, triturei e misturei no leite. Reservei ambas as preparações.
Numa taça bati a manteiga com o açúcar.
Quando estava um creme esbranquiçado, juntei as gemas misturadas em fio, com a batedeira em movimento.
Misturei o preparado de leite e nêspera, na massa.
Numa tijela à parte, juntei a farinha de trigo à farinha de amêndoa e ao fermento.
Fui deitando e misturando colheradas das farinhas à massa, com ajuda de uma peneira.
No final, bati as claras em castelo (com uma pitada de sal) e envolvi na massa, com ajuda de uma espátula de silicone.
Agora foi a altura de envolver as nêsperas reservadas.
 Ficou no forno a 170º Fan ou 180º durante 40 min.
 
Convém vigiar e espetar um palito para ver se o bolo já está cozido.
Se a parte de cima estiver a ficar mais escura, cobrir com papel de alúminio e continuar a assar.
 
Mais lá para a frente, vou postar o licor que estou a preparar com os caroços de nêspera, mas esse ainda ter que esperar uns meses.
 
A compota de nêspera fica muito boa, mas sem grande história:
  • 1 kg de  nêsperas pesadas sem casca, sem caroços e partidas em bocados grandes
  • 800 grs açúcar
  • sumo de 1/2 limão
  • 1 pau canela

Vai ao lume sem se mexer, uns 20 min. Depois de retirar o pau de canela, triture a gosto (eu  gosto de sentir uns pedaços). Deu para vários frasquinhos que ofereci aos vizinhos e para barrar  nas torradinhas, ou crepes ou scones que gosto de fazer para o lanche. Scones, só ao fim de semana...

Ana

maio 18, 2021

CALDO PERFUMADO COM SABOR ORIENTAL

Caldo aromático com sabor oriental
Ando há anos para experimentar Ramen. Difícil de acreditar, mas verdade.
Quando fui a Florença, a minha filha Filipa, recomendou-me um restaurante de uma portuguesa mas, quando lá cheguei, estava fechado para jantares.
Depois, fui sempre adiando, até marcar para um restaurante em Alvalade aconselhado pela Time Out. Infelizmente, a pessoa com quem ia teve um imprevisto e lá tive eu que desmarcar.
Num destes dias, vi a receita de um caldo asiático feito pela Joana Roque e não resisti a experimentar, alterando e acrescentando ingredientes para intensificar o sabor e dar-lhe um toque mais spicy (não tenho crianças em casa), mas a base foi a mesma.
 
Não se pode considerar Ramen, porque esse leva bastante mais tempo a preparar e com ingredientes que não tinha, mas não deixa de ser extraordinário, experimentem!
No fundo, é um caldo aromatizado com frango, cogumelos, molho de soja, espinafres, gengibre e malagueta (que não vinha na receita original, mas dá-lhe um toque mais adulto e interessante), e ao qual se juntam noodles.

Ingredientes para 5 pessoas

Marinada

  • 3 coxas de frango desossadas mas com pele
  • Ossos de desossar as coxas
  • 2 colheres sopa molho de soja
  • 2 dentes alho ralados
  • 1 cm gengibre fresco ralado
  • 1 cebolete em rodelinhas
  • sal e pimenta q.b. (não muito sal, porque a soja é salgada)
  • 1 c sopa sumo de limão

Ramen

  • 2 litros água 
  • 30 cogumelos shiitake desidratados Bio
  • 3 ceboletes em rodelinhas
  • 8 c sopa molho de soja
  • 1 malagueta vermelha média em rodelinhas
  • 1/2 c chá sal (a soja é salgada)
  • 2 dentes alho ralados
  • 1 cm gengibre fresco ralado
  • 350g de noodles de ovo
  • 1 pacote de 170 grs de espinafres baby

No meu talho preferido, onde arranjam tudo com uma simpatia e cuidado pouco vulgares, pedi para desossarem 3 coxas de frango, deixando a pele. A receita original fala em tirinhas de frango, mas como as coxas são mais saborosas, optei por esta carne mais escura.


Coloquei as coxas numa tijela, às quais juntei todos os ingredientes da marinada, envolvendo bem. Reservei a taça coberta por película aderente no frigorífico por 30 min.


Enquanto a marinada fazia o seu trabalho, puz um tacho ao lume com a água e os restantes ingredientes, com excepção dos noodles e dos espinafres, e deixei a fervilhar em lume baixo e tacho tapado, uns 20 min, a partir do momento em que levanta fervura.


Entretanto, coloquei uma frigideira de ferro ao lume com um fio de  óleo de sésamo, na qual salteei as coxas de ambos os lados, até o frango e a pele adquirirem um tom tostado e cozinharem. Retirei as coxas do líquido da fritura e deixei-as a descansar sobre uma tábua de madeira, cobertas com papel de alumínio uns 10 min, para que os sucos se concentrassem. Depois disso, descartei a pele, cortei em tiras e deitei-as no caldo, juntamente com o líquido da fritura.

 

Como era só eu que ia almoçar, deitei duas conchas do caldo já pronto noutro tachinho, deixei levantar fervura e deitei uma dose de noodles (umas 58 grs) que ficaram a cozer durante 4 min, segundo instruções do pacote. Já no final deste tempo, deitei umas folhas de espinafres, desliguei o lume e foi só verter na taça.

É um caldo de conforto muito, mas mesmo muito bom! Guardei o caldo que vou aquecer novamente, deitando os noodles e os espinafres na hora.

A repetir, substituindo os espinafres por outro verde, acrescentando um pouco de aipo, um ovo mal cozido, etc. As combinações são imensas!

Essencial comer a sopa rapidamente para os noodles não ficarem moles e o caldo deve estar muito quente para que a gordura não coagule. 

Abaixo algumas regras de como comer Ramen:

  • Coma com pauzinhos e uma colher de sopa.
  • Comece por provar o caldo, antes de misturar os outros ingredientes, para que possa saboreá-lo na sua forma pura.
  • Experimente a carne (que é usualmente barriga de porco braseada).
  • Apanhe os noodles com os pauzinhos, enquanto sorve (ou bebe) a sopa (no Japão, o barulho de sorver a sopa não é considerado má educação como no mundo ocidental).  A chave para sorver, está em levantar poucos fios de noodles (5-10 ), verificando se estão soltos do resto
  • Depois de ter experimentado alguns dos ingredientes, coma a sopa, podendo alternar os sólidos  com os pauzinhos e o caldo com a colher.
  • Só depois, se achar que precisa de mais tempero ou sabor,  pode adicionar alguns dos condimentos que estão disponíveis na mesa. 
  • Se pediu o ovo, use os pauzinhos para parti-lo ao meio ou apenas trincá-lo. Sinta-se à vontade para misturar com a sopa e com um pouco de noodles. 
  • Eventualmente, sobrará caldo. Pode beber tudo como se fosse uma sopa ou deixá-lo. 
ou coma-a sozinho rapidamente, sem conversas, porque esta sopa é mesmo muito boa!

Ana.

maio 17, 2021

SALADA MORNA DE FUSILLI COM TIRINHAS DE FRANGO E COGUMELOS

Salada morna de Fusilli com tirinhas de Frango e Cogumelos

Nunca fiz nem provei ramen e estava fixada em fazer um caldo de frango com noodles mas, como estava sem tempo, guardei essa opção para outra altura e rapidamente arranjei esta saborosa salada.

É  fantástico o que rendem 4 bifes de frango, quando cortados às tirinhas e servidos em salada. Sai barato, é saudável e muito boa, se se quer um jantar rápido, naqueles dias em que o trabalho parece não terminar.

Ingredientes

  • 4 bifes de frango limpos de gorduras e em tirinhas
  • folha de louro e sal, pimenta e sumo de limão q.b. 
  • 1 c chá mel
  • 2 c sopa azeite
  • 2 dentes de alho picados
  • 250 grs cogumelos frescos laminados
  • 4 c sopa de natas (podem ser de soja)
  • 2 c sopa molho inglês
  • 1 cebolo em rodelinhas
  • 100 grs de fusilli 
  • sementes de sésamos q.b.

Cozi os fusilli de acordo com as instrucções do pacote. Reservei a massa e, em separado, meio copo da água da cozedura.

Temperei os bifes com o sumo de limão, o sal, a pimenta e a folha de louro. Deixei a tomar sabor no frigorífico durante 20 min.

Numa frigideira grande, sem ser anti-aderente, aqueci o azeite e coloquei lá o frango temperado, juntamente com a marinada. Deitei o mel e fritei rápido, dando voltas ao frango até ficar dourado e brilhante. Isto demora uns 5 min. Não fritar demais para não ficar seco. O mel permite que o frango adquira um tom dourado, sem ser necessário cozinhá-lo em demasia. Reservei.

Na mesma frigideira, sem lavar, coloquei os alhos picados e os cogumelos, e salteei até os cogumelos perderem a água e tostarem ligeiramente, durante uns cinco minutos, mexendo sempre. Juntei o cebolo e salteei mais 1 min; envolvi bem o molho inglês e, com o lume baixinho, juntei as natas, mexendo bem mas sem deixar ferver. No final, deitei as tirinhas de carne, a massa e a água da cozedura reservados no preparado de cogumelos.

Na hora de ir para a mesa, salpiquei com umas sementes de sésamo e um splash de azeite.

Acompanha bem com uma salada verde.

Ana.

maio 14, 2021

BOLINHOS DE CANELA


Bolinhos de canela 

Apeteceu-me fazer uma receita muito simples que implicasse misturar tudo e já está. 

Descobri estes bolinhos de canela, que se fazem num instante, e são tãooooo bons! viciantes!

Ingredientes

  • 170 grs açúcar de coco ou açúcar mascavado (usei uma mistura dos dois pq não tinha o suficiente de nenhum deles)
  • Casca de 1/2 limão Bio, sem ser encerada e só a parte amarela
  • 150 grs banha (Usei uma de porco preto criado no campo, da Salsicharia Estremocence. Também pode usar manteiga sem sal à temperatura ambiente)
  • 50 grs margarina
  • 2 ovos Bio à temperatura ambiente
  • 459 grs farinha de trigo T55
  • 1 c chá fermento em pó para bolos
  • Canela em pó q.b.

Coloque no copo da Bimby, ou num processador, a casca de limão e o açúcar e pulverize 10 seg/ Vel 9.

Baixe com a espátula o que ficou agarrado às paredes do copo, junte as gorduras e os ovos e misture 30 seg/ Vel 4.

Junte a farinha previamente misturada com o fermento e amasse 2min / vel Espiga.

Retire a massa da Bimby e coloque-a por cima de uma tábua de plástico. A massa é muito mole. Pode colocar um pouco no frigorífico para moldar melhor as bolinhas, mas eu moldei mesmo assim.

Nesta altura, pré-aqueça o seu forno a 200º.

Coloque uma tacinha com um pouco de canela em pó. É melhor pôr pouca e adicionar mais, se for preciso.

Forme um chouriço (tipo salame) e, se não quiser fazer todos os bolinhos, divida a massa em 2, com ajuda de uma faca, e congele metade, embrulhada em papel filme, para ter bolinhos frescos noutra altura.

Com auxílio de uma balança digital, pese bolinhas de massa com 20 grs cada.

Passe os bolinhos pela canela e coloque-os no tabuleiro do forno forrado com papel vegetal ou com uma folha de papel de silicone. Metade da massa dá para um tabuleiro cheio de bolinhos.

Fica no forno uns 12 min. Depois, é só retirar e deixar a arrefecer sobre uma grelha.

Dá para 23 bolinhos, se fizer só metade da massa. Ficam com a consistência de 'areias', muito crocantes.

Óptimos para acompanhar o meu chá da tade ou para servir com o café, depois do jantar que vou ter na minha varandinha, com uns amigos.

Também se pode substituir a canela por chocolate ou cacau em pó.

Ana

maio 05, 2021

BORREGO DE PÁSCOA NA SLOW COOK


Borrego de Páscoa
Cá em casa só eu como borrego. Por isso, o almoço de páscoa foi borrego só para mim e para a minha amiga Margarida que convidei para o almoço.
Feito na Slow Cook, a carne desfia-se só com um garfo. Mais uma vez, esqueci-me de tirar fotografia, mas fica assim como na imagem que tirei da Internet. super tenro e muito saboroso.

Estava um dia de sol muito bonito e foi um almoço muito bom!

Ingredientes

  •  5 dentes alho picados
  • 1 c sopa alecrim fresco muito bem picadinho
  • 3 c sopa tomate seco picado e previamente hidratado num pouco de vinho tinto
  • 1 limão pequeno (sumo e raspas)
  • 2 c sopa azeite
  • 1,8 kg mão com osso
  • 450 grs batatas vermelhas cortadas em pedaços grandes
  • 450 grs chalotas cortadas em pedaços grandes
  • 4 cenouras partidas em bocados grandes
  • 2 c chá sal
  • 1/2 c chá pimenta moída
  • 1 chav caldo de galinha de preferência caseiro
  • 1 cháv vinho branco

Marinada
No almofariz preparei uma pasta, pisando as alhos com o alecrim e o tomate seco depois de hidratado. Barrei o borrego com essa pasta e deixei de véspera, a tomar sabor, no frigorífico.

Espremi o limão e reservei no frigorífico, juntamente com as raspas.

Aqueci o azeite num tacho de ferro fundido e selei o borrego por todos os lados, durante uns 4 a 5 min de cada lado.

Coloquei as batatas, as cenouras e as chalotas na slow-cook e temperei com metade do sal.

Deitei o borrego por cima e, ao lado do borrego, verti o vinho, o caldo e o sumo de limão.

Ficou na temperatura mais baixa a cozer durante 7 horas.

No final, coloquei com cuidado o borrego e os acompanhamentos na travessa de servir e enfeitei com as raspas do limão.

Pode comer-se só com garfo, já que a carne se desfaz em lascas. Se o molho ficar muito líquido, colocar numa panela, juntar um pouco de amido de milho previamente dissolvido num pouco de água e deixar em lume brando a engrossar, mexendo sempre com uma vara de arames. Servir o molho à parte.

Para sobremesa, foi uma mousse de manga-avião fresca do livro do Jorge Valle, da Casa da Comida.

Para acompanhar o café, consegui encontrar amêndoas de Coimbra (carregadas de açúcar mole por cima), amêndoas francesas da minha infância (que se compravam na confeitaria da Ajuda e que agora são a peso de ouro), caramelos com pinhões El Caserio, que me lembram as idas a Espanha, quando cá não havia nada disso. Para o lanche, fiz os Hot Cross Buns, que não são mais que pequenos folares com especiarias.

Ana

MERENDINHAS DE QUEIJO E FIAMBRE

Merendinhas de queijo e fiambre

A nome da receita original é Enroladinho Delícia e é de Nanda Benitez, que eu costumo seguir.

Em Portugal, este tipo de massa recheada com queijo e fiambre chama-se Merendinha.
 

Esqueci-me de fotografar e só me lembrei já o almoço ia a meio. Entretanto, a Maria e o Yuri, o nosso gato, sem eu ver, comeram as restantes! :)

Mesmo assim, dá para ver (imaginar) como é. Ficam muito boas.


Ingredientes para 6 merendinhas

  • 200 grs farinha de trigo tipo T65 sem fermento
  • 8 grs açúcar orgânico
  • 2,3 grs fermento bio instantaneo seco (uso Fermipan)
  • 100 grs água
  • 20 grs azeite
  • 4 grs sal

Pôr a farinha numa tijela, deitar o açúcar e o fermento. Mistura com uma colher metálica.

Deita a água toda e mexe com a colher.

Junta o azeite e mexe com a mão, dando uns apertos  à massa (com cuidado), raspando as laterais da taça com a massa, rodando, apertando, rodando, e sempre assim, uns minutos. Tem que saber sentir a massa.

Depois junta o sal, qdo não tem já farinha solta e repete o processo de rodar, apertar, igual.

 

Descansa 1 hora no frigorifico (a 10º). Se estiver muito frio em casa, não precisa de colocar no frigorífico. Eu não coloquei. Tapei com uma película aderente e coloquei no MW, para não apanhar correntes de ar.


Como a massa é pouco hidratada, leveda durante mais tempo. A temperatura da massa deve estar a 22º-24º.

 

Passado este tempo, a massa está meio áspera. Dá um trabalho na massa sobre a bancada até esta ficar macia. Dobra, enrola, repete por  uns 2 min para dar activada na massa, boleia, cria tensão na bola e vai a descansar mais 1/2 no frigorifico.

 

Depois dá mais um trabalho na massa: abre a massa, dobra, enrola, repete o processo e descansa mais 1/2 h frigorifico.


Agora, estica com o rolo e faz a dobra tipo envelope, dobrando os quatro lados para dentro. Enrola numa bola, cria tensão e descansa mais 1/2 h no frigorifico

 

Agora vê o véu. Se está bom, pára de mexer na massa. Descansa mais 21 h no frigorifico em taça oleada.

 

Dia seguinte

Pesa a massa, estica a massa em rectângulo e divide em 6. Dá para bolinhas com 50 grs cada ~.

Depois dobra cada pedaço de massa sobre si própria na mão, faz bola e roda na bancada com a palma na mão em caixinha em cima do mesmo ponto, não deixando a bolinha capotar.

Tapa com pano e leveda mais 2 horas a 24º-25º. Se esquartejou muito a massa, deixa descansar mais tempo

 

Depois abre a massa com rolo da massa, vai levantando para não colar na mesa.

Barra com queijo-creme. Põe noz moscada por cima, e uma fatia dequeijo e outra de fiambre, ou presunto


Faz rolinho com tensão e põe no tabuleiro.

Guarda no armário a 26º/ 28º 1 hora.

 

Liga o forno a 200º.

Pincela os rolinhos com ovo inteiro.

Assa em 20 min. Vigiar o fundo, a ver se não está a queimar.

Ana

 

TIPS:

A Nanda Benitez dá cursos de pão e, como sabe do que fala, explica muito melhor e mais pormenorizadamente do que eu. Eu sou mesmo uma 'aprendiz de feiticeira', mas, seguindo à risca o seu processo, resultam muito bem.


Podem rechear-se, por exemplo, com mozzarela, tomate e orégãos, ou com nutella, para uma versão doce.

 

Ana.

maio 04, 2021

HARIRA, SOPA DE TOMATE, LENTILHAS E GRÃO

 




Harira, Sopa de Tomate, lentilhas e Grão

Segundo o site Taste of Maroc, Harira é uma sopa tradicional marroquina que se come a seguir ao Ramadão. Muito perfumada, é muito popular em casas e restaurantes marroquinos, podendo mesmo encontrar-se à venda nas bancas de street food.

O nome Harira tem origem na palavra árabe seda e faz referência à textura da sopa depois que ela foi engrossada com ovos ou uma tedouira de farinha e água. Este espessante pode incluir fermento e deixado a fermentar por um ou dois dias.

Embora o harira seja preparado durante o ano todo, é conhecido como associado ao Ramadão, quando é provável que seja servido junto com chebakia e outros alimentos tradicionais, para quebrar o jejum. Esta tradição é tão profunda, que muitos marroquinos consideram que uma refeição durante o Ramadão se encontra incompleta se não houver harira na mesa.

A minha harira foi ajustada da receita que segui, tendo adicionado as malaguetas e o piri-piri, ajustado os temperos e susbtituído a aletria por massa-pérola.

 Ingredientes

  • 1 chav grão seco demolhado (não descasquei)
  • 6 tomates grandes maduros (900 grs)
  • 1 fl louro
  • 1 cebola grande picada
  • 1 talo de aipo (com folhas), picado
  • 1 ramo pequeno de salsa, finamente picada (usei a quantidade de um vasinho pequeno dos que se vendem dos supermercados)
  • 1 ramo pequeno de coentros, finamente picado (usei a quantidade de um vasinho pequeno dos que se vendem dos supermercados)
  • 230 grs frango do campo pesado sem pele e sem ossos, de preferência coxas ou pernas, que são mais saborosas (pode ser cordeiro)
  • 3 c sopa azeite
  • vários ossos de sopa (pedi uma carcaça de frango no talho, mas podem ser ossos de qualquer carne, porque é só para intensificar o sabor)
  • 1 c sopa smen (manteiga clarificada com sal) (opcional, não usei)
  • água (pode ser mais ou menos, consoante se queira a sopa mais ou menos grossa)
  • 2 chav lentilhas verdes ou castanhas, secas
  • 3 c sopa de cxoncentrado de tomate misturada com 1 chav água
  • 1,5 c sopa de sal grosso
  • 1 c sopa de gengibre fresco ralado
  • 1 c chá de piri-piri
  • 2 malaguetas vermelhas sem sementes (tamanho de um dedo), picadas
  • 1 c chá de canela em pó
  • 1/2 c chá de açafrão-da índia
  • 3 c sopa de massa pérola
  • Tedouira - 1 chav farinha diluída em 2 chav água (opcional, não usei)
  • Limão
  • Coentros picados qb
  • iogurte grego qb
  • pão naan

Preparação
Demolhei o grão durante a noite.
Triturei o tomate com ajuda de um processador e estufei. Usei a Bimby. Piquei o tomate durante 5 seg/ Vel 5 e depois estufei durante 15 min/ vel 1/ 100º.
Piquei a cebola no processador.
Cortei o aipo em rodelas finas.
Piquei as ervas com os talos.

Sopa
Na panela de pressão, selei a carne de frango no azeite, em lume médio.

Juntei a carcaça do frango, o grão, o tomate estufado, a cebola, os temperos, o smen (se for usar) e 2 chav de água. Deixei ferver, fechei a panela e deixei a cozer durante 25 minutos. Se usar uma panela normal, cozinha 45 min.

Juntei as lentilhas, a mistura de pasta de tomate com a água, as malaguetas, as ervas picadas e 1lt de água. Logo que iniciou fervura, voltei a fechar a panela de pressão e cozinhou mais 45 minutos.

Depois, com a sopa a ferver, adicionei a massa-pérola, fui mexendo e deixando a fervilhar 5 min até as massinhas estarem al dente.

Apaguei o lume, tapei a panela e reservei. Provei, ajustei os temperos e servi já nas  taças.

Deitei por cima 1 c sobremesa de iogurte grego, 1 gole de azeite, coentros picados e uns pingos de limão, para quem gostar de um toque de acidez na sopa. Acompanha com pão naan.

Tips:
Pode engrossar a sopa até obter uma consistência sedosa e cremosa, adicionando aos poucos a tedouira (mistura de farinha e água), mexendo sempre para garantir que fica bem misturada. Cozinhe a sopa por mais 5 a 10 minutos, mexendo ocasionalmente e removendo qualquer espuma que se forme na superfície. Eu não adicionei a tedouira, preferindo diminuir na quantidade água da cozedura.

Diluir a farinha na água para a tedouira com antecedência, ajuda a garantir que não tenha grumos ao adicioná-la à sopa.

Ao reaquecer a sopa, use lume médio ou baixo e mexa sempre para evitar que as lentilhas se colem ao fundo da panela e queimem.

Se quiser congelar a sopa, faça-o antes de adicionar o espessante (Tedouira) e, de preferência, antes de adicionar as massinhas.

A Lou hoje veio cá almoçar e, como sei que gosta de receitas de outraas nações, servi esta sopa bem quente, com o pão naan acabado de fazer. Super reconfortante e não precisa de mais nada para ser uma refeição completa!

Ana.

maio 03, 2021

PÃO TIGRE


Pão tigre
Desta vez fui beber à Isabel Zibaia esta receita de pão tigre, que vem no seu blog e também no livro sobre pão que comprei.
Vale a pena fazer!

Ingredientes
  • 500 g de farinha de trigo T65
  • 300 ml de água tépida
  • 20 g de fermento fresco de padeiro
  • 20 g de manteiga sem sal, em pomada
  • 15 g de açúcar branco
  • 15 g de leite em pó (usei NIDO)
  • 7 g de sal fino ou sal grosso moído
Ingredientes para a cobertura
  • 75 g de farinha de arroz
  • 1 pitada de sal fino ou sal grosso moído
  • 10 g de açúcar amarelo
  • 15 ml de óleo de uva ou outro qq, menos de soja
  • 1/2 colher de chá de fermento seco de padeiro
  • 95 ml de água
Dissolver o fermento na água morna e esperar com o copo tapado uns 10 min.
 
Colocar os restantes ingredientes numa taça. Abrir um buraco no meio, deitar a água e mexer muito bem até toda a água ter sido absorvida.
 
Amassar durante 10 minutos. Formar uma bola com a massa. Tapar a taça e deixar levedar 1 hora (se a massa estiver a 24º) ou mais, ou menos, dependendo da temperatura da sua casa. Se a casa tiver mais quente, demora menos tempo; o contrário também se aplica. Se a casa estiver muito quente, tipo 35º, deixe levedar no frigorífico e verifique quando cresceu.
 
Findo o tempo e antes de trabalhar novamente a massa, preparar a cobertura. Numa taça colocar a farinha, o sal, o açúcar, o óleo e o fermento. Adicionar a água e mexer muito bem com uma vara de arames. Reservar.

Numa superfície fria, moldar 10 bolinhas com aproximadamente 85 g cada.
Colocar os pãezinhos num tabuleiro revestido com papel vegetal de cozinha (ou polvilhado com farinha). Tapar com um pano e deixar levedar durante 30 minutos se estiver a 22º-24º, fora de correntes de ar. Eu coloco dentro de um armário. Como já referi, tudo depende da temperatura da sua casa.

Aquecer o forno a 240º  (ou 230º com ventilação) passados 20 minutos da segunda fermentação, dependendo do tempo que o seu forno leva a aquecer.
 
Depois das bolinhas fermentadas, com os dedos, espalhar cuidadosamente a cobertura de arroz nos pães.

Levar ao forno pré-aquecido a 240ºC. Ao colocar o tabuleiro no forno, borrifar o fundo do forno com um pouco de água, fechar rapidamente a porta e baixar a temperatura para os 220ºC. Isto serve para criar vapor no forno e tornar a parte de cima estaladiça.

Deixar cozer durante 25 minutos ou até a crosta estar dourada.
 
A vantagem de usar a ventilação é que, mesmo que os pães não caibam num único tabuleiro
 
Ana

PÃEZINHOS DE LEITE



Pães de Leite

Agora que comecei a fazer pão em casa, não quero outra coisa.

Desta vez segui a receita de pãezinhos de leite da Clara de Sousa e ficaram muito bons.

A diferença para a receita original, foi que dei mais um tempo de fermentação e não coloquei a raspa da laranja, porque prefiro o sabor sem esse aroma.

Dá para 14 bolinhas com 70 grs cada, aproximadamente ou 20 bolinhas com 57 grs cada.

Ingredientes

  • 100 ml de leite
  • 1 saqueta de fermento seco de padeiro (11 g)
  • 600 g de farinha para bolos sem fermento ou T65
  • 100 g de açúcar branco
  • 100 g de manteiga sem sal derretida
  • 2 ovos Bio
  • raspa de 1 laranja pequena (não coloquei)
  • 1 c café sal (a receita diz uma pitada)
  • 50 a 100 ml água tépida
  • ovo batido ou manteiga derretida para pincelar (fiz com ovo batido)
  • açúcar q.b. para polvilhar (opcional, mas eu não coloquei)
  • 100 grs passas e sultanas (opcional)

Aqueça ligeiramente o leite. Misture o fermento e uma colher de chá de açúcar e deixe descansar uns 10 minutos, até espumar e crescer.

Na batedeira, coloque a farinha. Faça uma cova no meio e deite aí o fermento, o açúcar, a manteiga derretida, os ovos, (a raspa de laranja) e a pitada de sal. Bata com acessório misturador até obter uma massa compacta.

Sempre com a máquina a funcionar a velocidade média/baixa, vá juntando a água tépida a pouco e pouco até a massa ficar mais elástica, a colar-se ligeiramente aos dedos. Pode não ter necessidade de usar a água toda, mas eu usei toda.

Mude o acessório da máquina, para o gancho de amassar, e amasse durante uns 5 minutos, até ficar com uma massa fofa e bem ligada. Nesta altura deitei a mistura de passas e sultanas.

Unte uma taça com óleo (não usar manteiga porque esta vai incorporar-se na massa), coloque a bola de massa, tape com película aderente e uma pano por cima (ou uma toca de banho que tenha só para este efeito) e deixe levedar para o dobro, de preferência num local longe de correntes de ar, a 22º-24º. - eu ponho dentro do MW.

Retire a massa levedada para a bancada. Estique um pouco com o rolo da massa para retirar o ar e dobre tipo envelope, puxando os quatro lados para dentro. Depois enrole tipo croissant e boleie sobre a bancada, de modo a que a bola fique com alguma tensão, arrastando a bola na bancada sem a virar (esta etapa não vem na receita original).

Leveda mais uns 30 min (se a massa estiver a 24º) ou mais, ou menos, dependendo da temperatura da sua casa. Se a casa tiver mais quente, demora menos tempo; o contrário também se aplica. Se a casa estiver muito quente, tipo 35º, deixe levedar no frigorífico e verifique quando cresceu.

Nesta altura verificar o véu da massa. Estique um cantinho da massa entre os dedos e, se conseguir uma pelicula de massa muito fina sem quebrar, então a massa está pronta.

Faça bolinhas sem apertar a massa (entre 50 a 75 g de massa para cada pãozinho) e coloque-as, afastadas, num tabuleiro forrado com papel vegetal de cozinha. Cubra com um pano e deixe levedar novamente para o dobro, num local sem correntes de ar. Eu coloco dentro de um armário.

Depois de bem levedados, pincele os pãezinhos com a gema diluída num pouco de leite ou água. Polvilhe com açúcar (opcional, eu não coloquei açúcar)) e leve a forno pré-aquecido a 180ºC durante cerca de 12 minutos. Se usar dois tabuleiros em duas prateleiras do forno, mude-os de posição a meio do tempo, para os pãezinhos dourarem por igual.

Retire do forno e deixe arrefecer. Sirva mornos ou à temperatura ambiente.

Tenho-os guardado no congelador e comido um por dia, torrados, ao lanche. são muito bons!

Ana