dezembro 26, 2019

BACALHAU ESPIRITUAL

Bacalhau Espiritual  

Queria deixar aqui um 'statement': não sou uma "chef", não tenho qualquer tipo de formação académica. Leio muito, gosto muito de cozinhar, de pesquisar receitas e quero guardar as que resultam bem (comn os devidos créditos, quando são retiradas de outros blogs ou livros de cozinha), só isso.
O blog é o meio óptimo para este efeito, ao contrário dos cadernos de receitas, cheios de charme e marcas de gordura de quem vira as páginas, a meio de um estufado ou com as mãos enfarinhadas.

E como eu gosto de pegar num desses cadernos antigos, com receitas experimentadas, incompletas, sem as quantidades definidas, ou que dizem 'lume esperto', 'bater bem', 'colheres mal cheias'...

Adiante! aqui vai uma receita do livro base da Bimby e que não precisa de adaptações. Se se seguir tal como está descrita, fica óptima. Por isso, quero guardá-la aqui:

Por isso, quero guardá-la aqui:

Ingredientes
  • 100 g pão com 2 dias
  • 100 g leite
  • 50 g azeite
  • 200 g cebola
  • 2 dentes de alho
  • 300 g cenoura
  • 400 g bacalhau , demolhado e desfiado
  • q.b. sal
  • q.b. pimenta 
  • Para o bechamel:
  • 300 g leite
  • 60 g farinha
  • 60 g manteiga
  • q.b. sal
  • q.b. pimenta
  • q.b. noz moscada
  • 200 g natas
  • q.b. pão ralado, pode ser feito na Bimby 

Demolhe o pão seco no leite e reserve. Coloque o azeite no copo e programe 3 min/Varoma/vel 1. Adicione a cebola, o alho, a cenoura e pique 10 seg/vel 5. A seguir, programe 7 min/100ºC/vel 1. Junte o bacalhau, o pão bem escorrido, a pimenta e programe 5 min/100ºC / Counter-clockwise operation /vel Gentle stir setting . Rectifique o sal, e deite num pyrex. Reserve.

Sem lavar o copo, coloque todos os ingredientes para o molho bechamel, com excepção das natas e programe 6 min/90ºC/vel 4. Incorpore as natas pelo bocal da tampa e programe 2 min/90ºC/vel 4.

Deite o molho béchamel em cima do bacalhau e envolva, guardando um pouco para cobrir o pyrex.

Polvilhe com o pão ralado e leve ao forno para gratinar. 

Em dias de festa, pode cozer 300 grs camarão e colocar antes do béchamel e do pão ralado e só depois levar a gratinar.

Fica sempre muito bom, acompanhado de uma salada verde! Também acho graça servir em doses individuais. A Le Creuset tem uns tachinhos destes muito bonitos  e que vão ao forno!

* O bacalhau, como nós portugueses o (re)conhecemos, é seco, salgado, demolhado e, só então, cozinhado de muitas formas. O outro bacalhau é um peixe fresco e muito bom, por sinal, já se começando a tornar usual em Portugal, mas, para o nosso Povo, o salgado é a referência. 

Ana

AVELUDADO DE SALMÃO E CAMARÃO

Caldo de Salmão e Camarão 

Começou o inverno, com muita chuva e vento, um inverno como deve ser!
Depois veio o Natal e trouxe a calmia e o sol e uns 18º nada simpáticos numa perspectiva mais alargada e, infelizmente, mais actual.

E eu, que tive um Natal com muito pouco trabalho, fui para a cozinha, feliz da vida!

Esta sopa é muito boa e descansa das comezainas natalícias, dos doces e mais doces, festa de família, almoços e jantares aqui e ali.
                    
As etapas são algumas, mas simples, e os dias de férias prestam-se a isso:
1º: PREPARAR O CALDO AROMÁTICO (pode ser de véspera, e guardado no frigorífico)
Prepara-se com antecedência um caldo aromático com todos os legumes, limão e condimentos. Levanta fervura e depois fica em lume brando 30 min.
Prova-se o caldo, rectifica-se de sal, passa-se por um passador e deixa-se arrefecer.

2º: COZER O PEIXE
Volta a colocar-se o líquido no tacho, no qual se deita a cabeça do peixe que fica a cozer 8 min em lume baixinho. Juntam-se à cabeça os cubos de salmão e fica tudo a cozinhar mais uns 5 min. Retira-se todo o peixe e deitam-se os camarões mais uns 3 min, até os bichinhos se apresentarem cor-de-rosa. Retiram-se os camarões, que se  deixam arrefecer, juntamente com o peixe.
* Não cozer de mais o camarão, para não ficar emborrachado. O peixe deve cozer-se em lume muito baixinho para não ficar seco.

3º ARRANJAR O PEIXE E O CAMARÃO
Desfaz-se a cabeça do peixe em lascas e reserva-se juntamente com os cubos.
Descascam-se os camarões e reservam-se juntamente com o peixe.
Espremem-se bem as cabeças do camarão, para dentro do caldo, antes de as deitar fora.

4º: CREME
3º: Juntam-se as lascas da cabeça do peixe, a batata, a cebola, o alho, o pimento, o aipo e o tomate e cozinha-se até os legumes estarem cozidos, uns 15 min. Tritura-se tudo.

5º: MONTAGEM
Nesse creme, juntam-se os cubos de salmão e o camarão e deixam-se misturar os sabores mais 1 min em lume baixo.

Caldo Aromático/ Court-bouillon
1 pau de aipo
1 cebola com um cravinho espetado
1 cenoura
1/2 limão cortado às rodelas, com a casca
 5 Grãos de pimenta rosa
1 c chá de sal
1 bouquet garni com salsa, tomilho e louro
1 lt de água

Peixe e Camarão
1 cabeça ou 2 postas de salmão
250 grs de lombo de salmão em cubos (de preferência selvagem, vende-se congelado)
250 grs de camarão

Sopa
2 batatas médias para cozer
1 cebola
1 dente de alho
1/2 pimento vermelho
1/4 ramo de aipo
2 tomates

Ao colocar na terrina, salpica-se a sopa com folhas de coentros picadas e acompanha com umas fatias de pão torrado.Serve-se bem quente.

Sabe tão bem esta sopa e, para mim, foi um jantar completo.
No final, uma tangerina directa da árvore da vizinha da Ana Brandão.

Ana

dezembro 22, 2019

LASAGNA DE PERÚ


Lasagna de perú

Gosto muito de pratos de forno!
Gosto muito de massas!
A lasagna é um plus/ plus! Gulosa, quentinha, no Outono ou Inverno, é o prato que mais gosto.

A receita dizia que era a melhor lasagna de perú "ever".
Isso não posso dizer porque nunca provei todas! mas que é muito boa, é! e se ninguém disser que não é de vaca, também não se distingue.

E isso deve-se aos temperos e tb à salsicha fresca de perú que lhe dá um sabor muito bom.

A original vem daqui e, com algumas adaptações, que resultaram principalmente de não ter conseguido comprar a "tomato paste" e ter substituido por tomate em puré, resultou numa lasagna muito boa.

Ingredientes 

Para o molho de tomate e carne
  • 2 c sopa de azeite
  • 1/2 cebola picada 
  • 450 grs de carne de perú picada
  • 2 salsichas frescas de perú sem a pele e picadas
  • 3 dentes de alho picados
  • 1 c chá de orégãos secos
  • 1/2 c chá de tomilho seco
  • 1/2 c chá de sal grosso
  • 1/2 c chá de pimenta preta moída
  • 1/2 c chá de flocos de malagueta seca (pode omitir ou substituir por uma pitada de piri-pir
  • 1 pacote de 500 grs de tomate em puré (comprei no Continente da marca GoBio)
  • 1 pacote de 390 grs de peso líquido de tomate pelado ( comprei marca Guloso sem conservantes, nem açúcar)
  • 1/2 chávena de caldo de galinha (eu faço os caldos na Bimby mas, se comprarem, usem 1/4 de caldo ou comprem o caldo já feito)
  • 3 c sopa de folhas de salsa picadas
  • 2 folhas de louro
Depois de tudo em cima da mesa (parece que dá muito trabalho, mas não dá), comecei por fazer o molho de tomate e carne.

Num tacho de fundo pesado (usei o meu de ferro fundido) aqueci primeiro o azeite, e de seguida adicionei a cebola picada; depois de esta estar transparente, juntei as salsichas e a carne de perú e deixei a saltear, dando umas voltinhas com a colher de pau, durante uns 3 min.
De seguida juntei o alho, todas as especiarias, a malagueta e o sal e ficou envolver os sabores mais ou menos 1 min.
Passado esse tempo, foi juntar  os dois pacotes de tomate, o caldo, a salsa e o louro, esperei que levantasse fervura, tapei o tacho e deixei a cozinhar em lume baixinho uma meia hora.

* pode fazer este molho antes e guardar no frigorífico ou no congelador.

Para as camadas de queijo e lasagna
  • 1 pacote de 250 grs de folhas de massa fresca para lasagna
  • 500 grs de ricotta (há na maior parte dos supermercados, não substituam por requeijão porque o sabor é realmente diferente)
  • 3 c sopa de folhas de salsa picadas
  • 6 folhas grandes de mangericão picadas
  • 1/2 c chá de sal
  • 1 chávena de parmesão ralado (prefiro ralar na altura, tem mais sabor do que o já ralado)
Misturar bem a ricotta com o sal, a salsa e o mangericão picados.
Ralar o parmesão.
Agora chegou a o tempo de pré-aquecer o forno a 190º.

Montagem 
Num pyrex com aproximadamente 23cm * 33cm, coloca-se uma camadinha do molho de tomate 
1ª camada:  Por cima, uma camada de folhas de massa, sem estarem sobrebostas. Se for preciso cortam-se à medida;
2ª camada: Barra-se com a pasta de ricotta;
3ª camada: Novamente uma camada do molho de tomate com parmesão ralado por cima;

Repetem-se 2 vezes as 3 camadas e termina-se com uma camada adicional de folha de massa, molho de tomate e parmesão.

Vai ao forno tapado com papel de alúminio durante uma meia hora. Depois destapa-se e fica mais uns 25 minutos.
Fica a descansar já fora do forno, 15 min, antes de se cortar em qudrados e a servir.

Uma delícia! mesmo!
 
Ana

dezembro 18, 2019

PASTÉIS DE BACALHAU COM ARROZ DE TOMATE

"- Sempre queria que ele provasse este bacalhau! Já que não me aprecia os versos, havia de me apreciar o cozinhado, que isto é um bacalhau de artista em toda a parte!..." 
"Os Maias" sobre o famoso bacalhau do poeta Alencar.

Pastéis de bacalhau com arroz de tomate

Este foi o meu almoço de sábado. Apetecendo-me interromper as experiências gastronómicas, preparei um prato à portuguesa, sem história nem sofisticação, mas muito saboroso!

Esta receita é uma adaptação da que aparece no livro base da Bimby, com a do livro As Receitas Escolhidas da Maria de Lourdes Modesto, essa grande senhora da cozinha portuguesa.

O ingrediente chave é o vinho do Porto que torna estes pastéis bem apaladados, mas não se sentindo o sabor do álcool.


Quando há receitas assim, não vale a pena mudar só por mudar! É fazer direitinho e fica muito bom!

Pastéis de bacalhau
Ingredientes para 5 pessoas
  • 250 grs de bacalhau demolhado e cozido com um dente de alho e uma folha de louro.
  • 200 grs de batata vermelha cozida com casca
  • 1/2 cebola
  • sal, pimenta e noz moscada
  • 2 ovos grandes bio
  • 1 c sopa de salsa picada 
  • 1 cálice pouco cheio de Vinho do Porto
  • Óleo para fritar
No dia anterior, demolhei o bacalhau, cozi-o com um mínmo de sal e desfiei-o com a ajuda de um pano. Guardei no frigorífico.

No dia seguinte, coloquei no copo a cebola e a salsa e piquei 5 seg/vel 5. Juntei o bacalhau e programei 6 seg/vel 3. Retirei e reservei.

Depois cozi as batatas com casca:
Pode ser no tacho ou no processador:  Coloquei no copo 300 grs de água , a batata, o sal e cozinhei 15 min/Varoma/vel Gentle stir setting. Quando cozidas, escorri-as com ajuda do cesto, descasquei-as e reduzi-as a puré, novamente no copo 6 seg/vel 4. 

Ao puré de batata juntei os ovos, o bacalhau reservado com a cebola e a salsa, o vinho do Porto, a pimenta, a noz moscada e misturei na vel 4 até ficar homogéneo.

Depois foi só moldar a massa em pastéis, com a ajuda de duas colheres de sopa e fritar em óleo bem quente e abundante para não se desfazerem.

Arroz de tomate
  • 120 g cebola
  • 2 dentes de alho
  • 200 g tomate (natural ou polpa)
  • 50 g azeite
  • 200 g arroz agulha
  • 900 g água
  • sal, q.b.
  • coentros
  1. Fazer um refogado  ou colocar no copo a cebola, o alho, o tomate e o azeite, picar 5 seg/vel 5 e refogar 5 min/Varoma/vel 1.
  2.  Juntar o arroz, a água, o sal e programe 18 min/100°C/Counter-clockwise operation /velGentle stir setting .
     
  3. Espere uns 10 min e sirva salpicado com coentros picados.
A meio da cozedura, mexa o tacho ou pare a Bimby, retire a tampa e com a ajuda da espátula, solte o arroz que está no fundo do copo.

Gosto tanto destes almoços gulosos!

Ana

dezembro 13, 2019

PÃEZINHOS DE LEITE


Pãezinhos de Leite

Gosto muito da idéia de fazer pão. Neste caso, o desafio foram os pãezinhos de leite.

Se os formos comprar ao supermercado, verificamos que estão cheios de químicos, estabilizantes, espessantes, e outros "antes", apesar de super macios, o  que me  leva a nunca os conseguir levar!

Andei a fazer pesquisa de receitas de pãezinhos de leite e descobri esta que leva leite (curioso! :)) e manteiga em vez de margarina (que torna a massa mais fácil de trabalhar, mas...é margarina).

Deixo a mesma receita com ligeiras adaptacões. Fiz a versão da Bimby e ficaram muito bons.

Ingredientes
  • 100 ml de leite meio-gordo
  • 1 saqueta de fermento seco de padeiro (11 g) (usei Fermipan)
  • 600 g de farinha T65 de usos culinários
  • 100 g de açúcar branco
  • 100 g de manteiga sem sal derretida (cuidado para não deixar queimar)
  • 2 ovos bio
  • raspa de 1 laranja pequena (cuidado em não ir a parte branca)
  • 1/2 c café de sal
  • 50 a 100 ml água
  • ovo batido ou manteiga derretida para pincelar (usei gemas batida com um pouco de água)
  • açúcar q.b. para polvilhar (opcional) (não usei)
VERSÃO BIMBY
(na versão original, está este video com o processo de fazer a massa com a máquina de bater normal).

Primeiro coloquei o leite, o fermento e uma colher de chá de açúcar (5 grs) no copo e programei 1 min/ 30 seg/37°C/vel 1. De seguida, aguardei 10 minutos até a mistura se apresentar  espumosa.
Se não fizer espuma é porque o fermento não está bom e deve-se deitar fora tudo e recomeçar.

Passado esse tempo, juntei a farinha, o restante açúcar (95 grs), a manteiga derretida, os ovos, a raspa de laranja, a pitada de sal e bati na velocidade 6  durante um bocadinho, uns minutos, até ter os ingredientes mais ou menos ligados. Fui olhando pelo bocal do copo.

Com a máquina em movimento, juntei a água a pouco e pouco até a massa ficar mais elástica, a colar-se ligeiramente aos dedos. Só foram precisos 50 ml.

No final, amassei durante 5 min/vel espiga.

Retirei a massa do copo e coloquei-a numa taça de vidro, polvilhada com um pouco de farinha no fundo (para não pegar) e por cima. Cobri com película aderente, e por cima um pano. Guardei dentro do MW, para que a massa estivesse num local protegido de mudanças de temperatura. Ficou lá até dobrar de volume, aproximadamente umas 2 horas.


Retirei a massa levedada para a bancada ligeiramente enfarinhada.
Fiz umas bolinhas com aproximadamente 55 grs sem apertar muito a massa. Deu para 19 bolinhas.
Depois , foi só colocá-las, com algum espaço entre elas, no tabuleiro do forno sobre um tabuleiro de silicone para não pegarem. Cobri novamente  com um pano e deixei levedar novamente para o dobro. Mais ou menos 1 hora.

Pré-aqueci o forno a 180º uns 15 min antes de terminar a hora em que os pãezinhos estão a levedar.

Terminado o tempo e depois de bem levedados, pincelei os pãezinhos com a gema diluída num pouco de água e e levei a forno pré-aquecido a 180ºC durante cerca de 12 minutos.

Se usar dois tabuleiros em duas prateleiras do forno, mude-os de posição a meio do tempo, para os pãezinhos dourarem por igual.

 Retirei do forno e deixei arrefecer sobre uma grelha metálica.

São óptimos comidos mornos.
No dia seguinte, dei um aquecmento de 5 segundos a 400º no MW e ficaram excelentes.
Também são bons na torradeira e torram muito rápido.

Congelei os restantes, que vou retirando às medida da gulodice do dia.

Os  meus colegas do atelier que provaram, gostaram muito.
Eu também!

E já agora, desejo um Advento bem vivido no Espírito do Natal!

Ana

novembro 10, 2019

POMUM GRANATUS - SUMO DE ROMÃ

 
                          @ Lou Rezio


Pomum Granatus - Sumo de romã
 
A romã é uma baga, e a polpa que cobre as sementes é o que nós geralmente comemos e bebemos. É rica em ácido elágico, um antioxidante, e ácido puníceo, um ácido graxo ômega-5, que beneficia a regeneração das células. O seu sumo, e é disso do que se trata hoje, é uma fonte de vitaminas A, C e E, bem como de minerais como cálcio, fósforo e potássio, entre outros. Com um sabor acidulado único, tem uma acção antioxidante e anti-inflamatória, prevenindo e tratando de vários tipos de ‘maleitas’.

Dito isto e a acreditar na internet, para além das suas propriedades, gostei das histórias a que vem associada:

Na Roma Antiga, jovens recém-casados usavam coroas de ramos de romãzeira, como símbolo de fertilidade.

Na mitologia grega, a Romã era relacionada à deusa Perséfone, deusa da agricultura, da natureza, da fertilidade, das estações, das flores, dos frutos e das ervas.

Na Bíblia, as romãs surgem nalgumas passagens e estavam esculpidas no Templo de Salomão, em Jerusalém. Na tradição católica, a romã é consumida no Dia de Reis, 6 de janeiro.

Há outras leituras mais freudianas, mas fico-me por estas! seja como for, gosto muito do sumo de romã e da sua cor!

Para abrir a romã, com uma faca parto-a ao meio como uma laranja. Entre os bagos há umas películas brancas radiais. Com a faca, dou uns goles na zona das películas, toda à volta, atravessando também a casca, ficando o fruto aberto como uma flor. Depois, viro sobre a mão, e com a casca virada para cima bato com uma colher de pau. Os bagos vão-se soltando.
Claro que a mão está sobre uma taça, para onde os bagos vão caindo. Funciona muito bem.

Depois, é só colocar os bagos num processador e coar o líquido!

Este sumo e uma torradinha de pão de massa-mãe de Alcácer e está o pequeno-almoço feito!

Ana

novembro 04, 2019

KLADDKAKA

Kladdkaka
O Kladdkaka é o bolo de chocolate mais tradicional Sueco, que se encontra em qualquer café/ restaurante (cada um tem a sua versão), acompanhado de um café e de umas natas batidas…Kladd, significa, espesso, é isto que este bolo de chocolate é: espesso, suave, fácil, delicioso, para comer em dias de chuva, morno de preferência.


Ingredientes
  • 200 gr de açúcar branco
  • 50 gr cacau em pó
  • 140 gr farinha
  • 2c chá fermento em pó
  • 120 gr manteiga derretida
  • 2 ovos

Preparação
  • Aquecer o forno a 180º
  • Colocar a borboleta na Bimby
  • Pesar todos os ingredientes e colocar na Bimby
  • Programar 3m vel.3
  • Colocar a massa numa forma circular revestida a papel vegetal, com 20cm diâmetro
  • Levar ao forno 20 min (o tempo depende se se gosta do bolo mais ou menos húmido)

God aptit
Lou

novembro 03, 2019

HOMEMADE PUMPKIN SPICE LATTE


Pumpkin Spice Latte
A minha filha Maria costuma ir estudar para o Starbucks e gosta muito de pedir o Pumpkin Spice Latte!
Como eu tenho a mania que a maior parte das coisas que se come fora, se podem fazerem casa e com ingredientes menos processados, ela enviou-me uma receita que vem na Internet e que é suposto ficar igual!

Experimentei hoje e, espanto meu, a Maria achou que não se distinguia do original, a não ser nuns grumos pequeninos que encontrou no fundo da abóbora (o do Starbucks deve levar puré de abóbora de compra).

Assim, aqui vai esta receita que acho muito boa, apesar de bastante calórica...é boa para um dia de inverno ou de chuva outonal como o de hoje, em que ainda estamos vestidos de algodão mas o céu escuro lá fora ouve o Nocturne op.9 No.2 de Chopin!

Esta receita apesar de parecer trabalhosa, pode ser preparada com antecedência, tendo já feito o puré de abóbora e o pumpkin pie spice.

Ingredientes 
  • 1 1/2 c sopa de açúcar
  • 2 c sopa de puré de abóbora (pré-preparado ou de compra)
  • 1/2 c chá Pumpkin pie spice (em Londres e States há à venda já feito mas cá como não encontrei, misturei as especiarias na percentagem certa e o resultado foi igual)
  •  1/2 cháv. chá de café forte (tirei dois cafés e para não ser tanta cafeína às 6 da tarde, fiz um café e um descafeinado)
  • 1/2 cháv. de chá de leite (usei meio-gordo)
  • Natas frescas (colocar as natas, a tijela e as pás para as bater, no frigorífico uma hora antes)
Puré de abóbora
A receita diz para se usar uma sugar pumpkin mas como não encontrei (esqueci-me de procurar no Mercado de Picoas onde há alguns produtos que não se encontram noutros locais), usei uma Butternut squash (em forma de pêra) - gosto muito do sabor dessa abóbora e tem a vantagem de se aproveitar quase tudo porque tem uma casca muito fininha).
Parti a abóbora ao meio, tirei as sementes e coloquei as metades no tabuleiro do forno com a casca virada para baixo. Fica assim durante 1H30 ou até se espetar um garfo e se verificar que está bem cozida (lembra-me as minhas idas à praia quando era adolescente...). Depois, é só deixar arrefecer, retirar a polpa com uma colher e processar numa misturadora até obter um puré lisinho. Reservei duas c. sopa de puré de abóbora e congelei o restante em doses que dêem para 2 bebidas.

Pumpkin pie spice
  • 2 c chá de canela 
  • 1/4 c chá de cravinho
  • 1/4 c chá de  gengibre
  • 1/2 c chá de allspice (usei canela)
  • 1/8 c chá de  noz moscada
Misturar tudo e guardar numa caixinha porque dá para muitas vezes.

No dia em que que nos apetece esta bebida quentinha, colocamos todos os ingredientes com excepção das natas num tachinho e levamos ao lume a aquecer, deixando borbulhar uns minutos em lume baixo enquanto batemos as natas com uma pitadinha mínima de açúcar.
Depois, é só verter na caneca, deitar uma colherada de natas batidas por cima, polvilhar com canela ou allspice, ir buscar um livro, uma mantinha, ajeitar o gato ao colo e passar uns bons minutos a agradecer pela Vida!

*allspice é uma especiaria também conhecida por Pimenta da Jamaica.
Segundo a Wikipedia, o nome allspice (traduzido à letra por "todas as especiarias") foi-lhe atribuído no início de 1621 pelos Ingleses devido ao seu sabor que lembra uma mistura de canela, noz moscada e cravinho).

Enjoy!
Ana

novembro 02, 2019

ARROZ DE BERBIGÃO



Arroz de berbigão
Gosto  muito de ir aos sábados de manhã ao Mercado de Alvalade e à Teresa ver e escolher peixe para fazer para o almoço. Nesse dia havia berbigões óptimos, gordos. Peguei num kilo destes bivalves, num robalo de alto mar, nuns filetes de peixe-espada  e vim para casa toda contente. No caminho para o carro ainda passei no Isco ir buscar o pão de espelta, que tinha encomendado antes e ainda estava quente.

Chegando a casa,  coloquei logo os bichinhos de molho em água fria com sal no frigorífico, enquanto arrumava tudo o resto.

Passado mais ou menos uma hora, coloquei uma frigideira grande ao lume com tampa onde abri os berbigões.. À medida que vão abrindo, vou deitando fora as cascas e reservando os bichinhos numa tacinha.


No final, guardo a água que os berbigões deitaram, depois de coada através de uma musselina para não vir com a areia que ainda possa conter.

Esta é a primeira parte. Começa agora a preparação do arroz.

Pico na Bimby (também  se pode fazer à mão) uma cebola média, 2 dentes de alho e 80 ml de azeite (5 seg/ vel. 5). Baixo o que ficou agarrado com a espátula e se for preciso pico mais uns 2 seg.
Junto 1 tomate grande bem vermelho lavado com casca e sementes e pico novamente durante o mesmo tempo e velocidade anteriores.  A seguir deixo a refogar 10 min/ 100º/ vel 1.

Passo então esta tomatada para o tacho, deito o arroz carolino e deixo em lume muito brando a envolver um bocadinho.

Nesta altura a preparação pode parar e ser retomada 10min antes do almoço.

Junto de seguida uma colher de sopa de vinho branco, mexo durante mais um bocadinho e no fim   água de abrir os berbigões mais a que faltar (quente) para perfazer quase o triplo da quantidade de arroz, uma folha de louro, sal e pimenta. Tapo o tacho e deixo a magia acontecer até o arroz estar al dente. Nessa altura rectifico de sal (ainda deve conter líquido da cozedura), junto os berbigões e os coentros picados, tapo novamente e espero uns 3 min.

Ingredientes
  • 1 kilo de berbigão
  • 1 cebola média
  • 2 dentes de alho
  • 80 ml de azeite
  • 1 tomate maduro grande
  • 300 g de arroz carolino
  • 1 folha de louro
  • 1 c. sopa de vinho branco
  • 20 g de coentros frescos, só as folhas
  • Sal e pimenta-preta q.b.

Fica tão bom...No dia seguinte comi o  que sobrou mas não tem nada a ver. Este prato deve mesmo ser comido na hora!

O arroz foi à mesa acompanhado pelos filetes temperados com um bocadinho de limão depois de fritos e uma salada de espinafres!

Noutro dia, fiz um arroz de dourada com berbigão, aproveitando uns restos de dourada que tinha assado no forno com azeite, alho, vinho branco, folhas de louro, rodelas de limão, salsa, sal e pimenta.

Juntei o molho do assado da dourada à agua de abrir os berbigões e fui deitando no arroz até estar cozido. Depois juntei o peixe e os berbigões ao mesmo tempo. Fica uma refeição completa.

Ana

SOPA DE 3 TONS DE LARANJA


  

Sopa de 3 tons de laranja

Amanhã é dia de Halloween, que se comemora em alguns Países e nalguns sítios em Portugal. Por isso, as redes sociais estão cheias de abóboras e, talvez por isso, apeteceu-me uma sopa de abóbora cremosa...

Abro o frigorífico e...só tinha uma tira de abóbora! Bem, o que faço? Talvez juntar uma batata doce que andava à espera de ser cozinhada em bolo do caco. Mas ainda era pouco. Ah, uma cenoura, também é cor de laranja. E foi assim, por uma falta, que surgiu esta sopa de 3 tons de laranja, com um toque ao doce do leite de coco e um toque picante da malagueta.

Ingredientes
  • 1 cebola grande
  • 2 dentes alho
  • 1 folha de louro
  • 1 fatia de abóbora média
  • 1 batata doce
  • 1 cenoura grande
  • Azeite
  • Sal marinho 
  • 1 lata pequena de leite coco biológico 
  • Malagueta moída turca
Preparação

Num tacho com o fundo conerto de azeite, estufar a cebola e o alho com a folha de louro até dourar. Juntar os legumes fatiados, cobrir de água e cozer 20 min em lume brando. 
Triturar, acrescentar o leite de coco, emulsionar e, no final...Um toque de Malagueta 🌶!

Bom apetite!
Lou

setembro 15, 2019

MARMELADA ORGINAL E DE MAÇÃ

                      Still life, óleo sobre tela, Falls Church, VA, colecção privada


Marmelada Original e de Maçã

Mais umas férias em Moledo com direito a idas à praia diárias (isto para quem diz que Moledo é sempre frio, as águas são geladas, etc), um tempo fantástico, passeios nos montes, jantares em casa de amigos, banhos no rio, viras, festas e muita leitura.

A dada altura, estando a precisar de comprar fruta, em vez de irmos ao vulgar supermercado, subimos a encosta para os lados de Perrinchão e divertimo-nos a apanhar maçãs das árvores que se encontram pelo caminho e são pertença de ninguém, amoras, ameixas e ainda uns cachinhos de uvas que pulavam a cerca - ensinaram-me que toda a fruta que, apesar de estar dentro de uma propriedade, espreita para fora, é do povo! :)

A acrescentar uns marmelos da quinta do Zé, havia matéria prima para várias compotas e marmeladas que nos vão alegrar o Inverno (se lá chegarem).

Como tínhamos um jantar em casa de amigos nessa noite e, de facto, a Bimby é uma grande auxiliar, resolvi fazer marmelada para levarmos; já em Lisboa, fiz marmelada de maçã com as ditas maçãzinhas de casca grossa e ácidas que apanhámos (a minha amiga M.B. não ficou muito fã quando as comeu cruas).


Ficou uma marmelada muito boa e a minha filha Maria está farta de ir à tacinha roubar talhadinhas!

Aqui vai a receita:

Marmelada de maçã
  • 1kl de maçãs (ácidas) sem casca e sem caroços
  • 750 grs de acúcar branco
  • 1 limão sem casca (retirar bem as partes brancas da casca que amargam) e sem caroços
  • 1 pau de canela 
Marmelada clássica
  • 800 grs de marmelos amarelos e de casca lisa sem casca e sem caroços
  • 800 grs de acúcar branco
  • 1 limão sem casca (retirar bem as partes brancas da casca que amargam) e sem caroços
  • 1 paus de canela

Coloque metade da fruta partidas aos quartos num processador juntamente com metade do açúcar  e triture muito bem até se transformar em puré (15 seg (maçãs) 30 seg (marmelos) / vel 9). Abra o processador e baixe o que ficou agarrado às paredes do copo. Reservar.
Repetir o procedimento com a outra metade da fruta e açúcar.

* A razão de se fazer em duas vezes é simplesmente porque não cabe tudo de uma vez só.

Juntar tudo no processador, acrescentar o limão partido e o pau de canela e levar ao lume durante uns 45 min (ir mexendo para não pegar ao fundo ou na bimby (30/ 45 min/ varoma/ lamina invertida/ vel 3). Colocar o cesto sobre a tampa em vez do copo medida por causa dos salpicos.

Depois é só despejar nas tijelas esterelizadas, deixar arrefecer e cobrir com uma folhinha de papel vegetal pincelada com aguardente (colar bem à superfície para não entrar ar).
Também costumo congelar e tiro as taças à medida que a gulodice chama ou algum resto de queijo da serra está a pedir.

Acrescentar umas nozes e aí está uma sobremesa de outorno e inverno. Calórico, sim, claro!

Ana.