dezembro 09, 2014

BACALHAU 5 DE DEZEMBRO


Empadão de Bacalhau em tomatada com cogumelos e espinafres salteados, azeitonas pretas e pinhões torrados

Este bacalhau foi servido no dia de anos da Lou e o nome é em honra a esse dia.

Foi um óptimo almoço de inverno, num dia de sol em que se festejou não só os seus anos, como o Natal com direito a troca de presentes, presentes personalizados, persentes atrasados para a Ju e para a Paulinha, uma risada geral durante 2 horas.
A repetir para o ano.

Ingredientes 
  • Tomatada feita com 4 tomates frescos, 3 c sopa de polpa de tomate, 1 cebola grande, 1 dente de alho, azeite, 1 folha de louro, 1 c chá de açúcar pilé,  umas folhinhas orégãos ou de mangericão fresco e um golo de vinho branco.
  • 3 postas grandes de bacalhau já demolhado, cozido em água com sal, uma folha de louro, um dente de alho e um fio de azeite.
  • 8 cogumelos brancos frescos cortados em lâminas e salteados em azeite com 1 dente de alho laminado e 2 pacotes de espinafres pré-lavados, aos quais se retiraram os pézinhos.
  • um pacote de queijo em fiapos (pode ser de vários queijos juntos)
  • 1 mão de azeitonas pretas desencaroçadas
  • puré de batata feito com 1,5 pacotes de cubos de batata congelada com noz moscada do Pingo Doce, dissolvidos em leite, num pouco da água de cozer o bacalhau e em 2 colheres de sopa de natas, e ao qual no fim, se junta uma colher de sopa de manteiga, acertando-se a noz moscada o sal e a pimenta.
  • um pacotinho de pinhões que se leva a torrar em frigideira ao lume sem qualquer adição de gordura (opcional)
Num pyrex rectangular de ~30*20 com, espalhar uma camada fina de azeite.
Por cima, fazer uma cama com metade do puré de batata e reservar.
Deitar para dentro da tomatada o bacalhau desfiado em lascas, os espinafres salteados com os cogumelos, as azeitonas, os pinhões e envolver.
Cobrir o puré com este preparado, que pode ser feito de véspera, e cobrir com o restante puré.
Por cima espalhar o queijo.Vai a forno médio dutante uma meia-hora para aquecer e gratinar a cobertura.
Dá à vontade para 6 pessoas.

Acompanha com uma salada de alface, que a nós nos faltou, por mal entendido de troca de emails.
Caso não haja bacalhau, este pode ser substituído por restos de frango assado, atum, etc.
Um bom vinho tinto é essencial.

Ana

dezembro 04, 2014

COMFORT FOOD: ROLO DE VITELA


Maria Lourtie, Scheveningen Summer Resort, Haia, Holanda


Unknown, Library of Congress of USA

 


 Rolo de Vitela
Esta receita vem da minha tia Maria.
Simples mas saborosa devido à mistura das carnes e do bacon, é rápida de preparar e boa para um jantar familiar.

Ingredientes

  • 700 grs de carne de vaca picada
  • 350 grs de carne de porco picada
  • 125 grs de bacon
  • 4 salsichas frescas
  • 3 ovos
  • 1 cebola
  • sal e pimenta q.b.
  • 1 miolo de pão embebido em leite
Mandar picar a carne no talho, pedindo para passar 2 vezes na máquina.
Picar a carne das salsichas juntamente com a cebola, os ovos e o pão desfeito no leite, na Bimby ou num food processor.
Juntar às carnes de vaca e porco.

Fazer um rolo e cobrir com as tiras de bacon e umas nozinhas de manteiga.

Vai ao forno médio durante uns 45 min, dependendo do forno.

Costumo acompanhar este rolo de carne com uma salada de alface e arroz solto ou batatas fritas às rodelas fininhas.

Pode congelar-se o rolo, já envolto no bacon, em papel de prata.
Ou transformar o rolo em pequenas almôndegas.

Neste caso, a tira de bacon pode ser cortada à medida e presa com um palito em cada bolinha, cozendo ao lume numa tomatada.


Ana

outubro 26, 2014

RENDINHAS DO ALENTEJO

Rendinhas do Alentejo
Queria fazer um doce e não tinha ovos e foi ao arrumar uma gaveta de toalhas antigas com rendas alentejanas feitas pela minha mãe que me lembrei de um doce tipico alentejano sem  ovos,

 "as Rendinhas  do Alentejo"

Simples como é o Alentejo


Ingredientes
  • 100gr amêndoas
  • 100gr açúcar
  • 100gr manteiga
  • 50 gr farinha

 Preparação
Escaldam-se as amêndoas em água a fervida, pelam-se e lascam-se em fatias finas.
Aquecer o forno a 150º.
Junta-se a manteiga, o açúcar , a farinha e as amêndoas.
Mexe-se bem até envolver tudo.


Formam-se pequenas cerejas, com 2 colheres que se colocam sobre papel vegetal afastadas.


Colocam.se os tabuleiros no forno durante 30m ou até estarem douradinhas.
Retiram-se ainda quente.

Lou

outubro 25, 2014

COMO A VIDA


Como é que tudo começa?
O desejo de ir ao Mercado de Estremoz, cedo, aonde todos os sábados, velharias e produtos frescos esperam por nós. Para isso parte-se de véspera estrada fora a caminho do Alentejo, um jantar numa mercearia/restaurante aonde se espera tudo, menos o que fui encontrar.
A Revolta das Batatas deram inicio, acompanhadas pelo Enjeitado, seguiu-se...até à escolha de uma sobremesa com um nome e aspeto delicioso servida numa taça de mármore com uma quase ganache de chocolate, uma bolacha crocante, um sorbet de tangerina e...não sei, tudo era nebuloso e envolvente nesta noite quente de Outono aonde na rua saboreava uma sobremesa, 

                                                            Como  a Vida, Doce e Amarga                

DIVINA


Aonde se pode regressar vezes sem conta, para comer e comprar produtos regionais

Lou

outubro 15, 2014

CAKE DE FLORES DE BRÓCULOS COM MOLHO HOLANDÊS E ESTRAGÃO



Cake de Bróculos com molho holandês e estragão

Aprendi esta receita nas minhas aulas da Cozinhomania, ainda em Campo de Ourique, quando o famoso Melhor Bolo de Chocolate do Mundo ainda era feito numa pequena cozinha que havia no fundo da sala onde recebíamos as aulas.

É uma das minhas entradas preferidas e dá para um jantar volante em que o bolo já se apresenta com algumas fatias cortadas para se verem as flores de bróculos. Também é engraçado cortado na hora e as flores de bróculos funcionam como factor suspresa.

Cake
600 grs de bróculos
375 grs manteiga em pomada (pôr 1 min de cada lado no MW na temperatura mais baixa)
8 ovos
350 grs farinha
80 grs açúcar
5 grs de baking powder (1,5 c chá)
4 grs de caril (1 c chá)
sal

Molho holandês
150 grs manteiga sem sal aos cubos
3 gemas
1/2 sumo limão bem amarelo para ser mais doce
1/2 molho estragão picado

Confecção do Cake
Untar uma forma de bolo inglês 23*15 e reservá-la no frigorífico.

Cortar os raminhos dos bróculos e  Cozê-los em água a ferver com sal.
Assim que começarem a ficar tenros, colocá-los em água fria para enrigecerem. Depois de frios, escorrer a água e reservar. Cuidado para não cozer demais, senão desmancham-se.
O que sobra dos bróculos pode aproveitar-se para fazer sopa.

Nesta altura, pré-aquecer o forno a 210º.

Misturar a manteiga com os ovos, um a um, com uma vara de arames. Esta mistura nunca fica ligada.

Juntar a farinha com o açúcar, o sal, o fermento e o caril e adicionar à mistura dos ovos, mexendo sempre.

Encher a forma até 2/3. Plantar os bróculos na vertical de modo a ficarem bem apertados e cobri-los com a restante massa.

Pôr a forma no forno e baixar a temperatura para 180º. Coze mais ou menos 50 min.
Se se fizerem em formas individuais, cozem 20 min.

Confecção do molho
Pôr as gemas numa tigela juntamente om o sumo de limão em banho-maria quente e bater esta preparação com uma vara de arames, até emulsionar com a consistência de maionese. 

Retirar do banho-maria e adicionar os cubos de manteiga um a um, mexendo sempre com a vara de arames. Temperar com sal e juntar o estragão picadinho.

O cake é servido morno acompanhado molho holandês.

Nos tempos que correm, servir uma entrada ainda morna requer algum tempo e organização, mas vale a pena. Quando se corta o bolo às fatias, as florinhas dos bróculos, como se fossem pequeninas árvores, são uma graça e marcam a diferença!

Ana

*não tirei fotografias ao bolo que fiz, tal foi a azáfama do jantar. Retirei esta imagem da internet. As minhas flores de bróculos ficam sempre mais pequenas e rodeadas de massa por todos os lados.

outubro 13, 2014

BABY SHOWER



Bolo de maçã e courgettes

Fui convidada para o meu primeiro baby shower.
A LR vai ser avó e decidiu preparar esta festa surpresa à sua filha Joana, juntamente com as amigas.
Originária dos Estados Unidos, é uma festa onde a futura mãe recebe presentes para o bebé que vai nascer. Normalmente, a festa é organizada entre o 6 e 8 mês de gestação.
Muito bem organizada, a mesa tinha imensos doces, dos cupcakes, lollipops, mousse de chocolate enformada, cheese cake, uma bola gigante com gomas, etc.

Eu, que não gosto de fazer a mesma receita duas vezes, experimentei um bolo que levava courgette e maçã, pensando em arranjar algo saudável para a futura mãe (além de me apetecer imenso misturar legumes nos bolos).
A receita base utilizada foi a do Nigel Slater. A diferença está em que substituí as nozes pecan por amêndoas sem pele e torradas e demolhei as passas no vinho do Porto para as tornar menos duras e dar-lhe um sabor adicional.

Tal como diz NS, a courgette e a maçã raladas dão-lhe uma humidade muito boa.

Ingredientes
  • 200 grs manteiga sem sal 
  • 200 grs açúcar
  • 2 ovos
  • 150 grs courgettes com casca
  • 1 maçã reineta
  • 200 grs farinha sem fermento
  • uma boa pitada de sal
  • 1/2 c chá fermento em pó
  • uma boa pitada de canela
  • 60 grs de nozes pecan
  • 80 grs sultanas demolhadas  num cálice de Vinho do Porto.
Pré-aquecer o forno a 180º.
Barrar e enfarinhar uma forma de 20 cm com 9 cm de altura
Bater a manteiga, com a consistência de pomada, com o açúcar até a mistura estar fofa.
Bater os ovos e juntá-los um a um, tendo a certeza de que o ovo está bem incorporado entre cada adição.
Ralar as courgettes e a maçã no lado mais largo do ralador. Espremer bem as courgettes e a maçã entre as mãos para largarem o líquido e juntar à mistura.
Juntar a farinha com o fermento, a canela e o sal e envolver na mistura.
Envolver os frutos secos num pouco de farinha e envolver também na massa. Este processo serve para que os frutos não assentem no fundo do bolo.
Colocar tudo na forma.
A receita indica forno a 180º durante 1h.
No meu forno, resultou bem a 160º durante 3/4 de hora. O melhor é espetar o palito até este sair seco.
Deve deixar-se arrefecer na forma antes de o desenformar.

É um bolo de chá muito bom. Para a próxima faço com nozes partidas grosseiramente.

Tínhamos que ir todas de branco e eu esqueci-me... falha imperdoável!

Ana

outubro 07, 2014

BOLO DE PERAS E COURGETTES



Vista da Casa do ZN, num dia de chuva minhoto

 
Bolo de peras e courgettes

Gosto muito de experimentar novas receitas e esta foi a escolhida para um lanche de amigos.

A courgette faz bem o seu papel de dar humidade ao bolo, poupando-se na gordura.
Alguns legumes são bons substitutos da manteiga, tornando estes pequenos pecados doces mais saudáveis.

Ingredientes
  • 350 grs de farinha com fermento
  • 300 grs açúcar amarelo
  • 125 grs iogurte natural
  • 5 ovos
  • 1 dl óleo
  • raspa de 1 limão
  • 325 grs courgette
  • 300 grs de peras
Pré-aquece-se o forno a 180º.
De seguida batem-se as gemas com o açúcar.

Junta-se o iogurte, o óleo, a raspa do limão, o sal e a courgette ralada com casca.
Batem-se as claras em castelo que se juntam alternadamente com a farinha, envolvendo na mistura.
No final, cortam-se as peras em bocadinhos, envolvem-se em farinha e junta-se ao bolo.
O envolver em farinha ajuda a que as peras não assentem no fundo do bolo.
A receita não diz, mas julgo que ficará muito bom se se juntarem nozes ou avelãs torradas também envoltas em farinha.

Vai ao forno em forma redonda untada e barrada durante uns 50 min ou até espetar um palito e este sair seco.

Fiz este bolo em casa de um amigo, durante uma tarde minhota de chuva. Éramos 8 e o bolo desapareceu num ápice. A simpatia do ZN e filhotes, que nos receberam com a informalidade com que se recebe os amigos íntimos, é inesquecível! As manas gansas também tiveram um papel importante!

Que saudades, meninos, da bela tarde que passámos!

Ana

PAVLOVA DE MORANGO

 Pavlova de morango

A pavlova é uma sobremesa em forma de bolo e a base de merengue cujo nome, segundo consta, é uma homenagem à bailarina russa Anna Pavlova. É crocante por fora e macio por dentro, sendo por vezes decorado com frutos em cima.

A sobremesa foi inventada depois de uma viagem de Pavlova à Austrália e Nova Zelândia e estes reivindicam a invenção da iguaria, o que é fonte de conflito de opiniões entre os dois países.

É uma sobremesa muito popular e tem um grande importância na gastronomia dos dois países da Oceânia, sendo muitas vezes servido em festas tradicionais como o Natal.

Já fiz várias pavlovas este ano à conta das claras que me sobraram do leite de creme.
O busílis é sempre a temperatura do forno.
Após ter lido várias receitas, o que é certo é que o merengue tem que cozer em forno muito baixo e durante 1h ou 2h. Agora é com o forno de cada um.

A propósito de um jantar com amigos, decidi  levar a vistosa pavlova, montando-a sempre mesmo antes de ir para a mesa, para o creme não empapar no merengue.

Base
4 claras à temperatura ambiente
1 pitada de sal
 225 grs de açúcar
1 c chá maizena
1 c chá vinagre branco ou sidra

Pré-aquece-se o forno ventilado a 180º.
Batem-se as claras em velocidade média até se conseguirem uns picos macios.
Junta-se o açúcar aos poucos, batendo sempre entre cada colher e bate-se mais. De pois de todo o açúcar adicionado, bate-se mais um pouco em velocidade alta. 3 a 4 minutos ou até o merengue estar com uma consitência forte. Não se deve sentir o açúcar entre os dedos.
Junta-se a Maizena e o vinagre e continua-se a bater mais um pouco, só para envolver.
Logo que o merengue esteja bem batido, coloca-se num tabuleiro do forno sobre um papel vegetal anti-aderente e untado no qual se desenhou um círculo de 20 cm ou numa folha de silicone.

Baixe logo oa temperatura do forno para 120ºC,  onde fica durante 1H30.
Deixa-se arrefecer a pavlova dentro no forno, não se abrindo a porta durante pelo menos 6H00, podendo colocar-se com uma colher de pau a entreabrir o forno.

Nunca abrir a porta do forno neste período de tempo.
Convém não tentar transportá-lo enquanto está morno porque é muito frágil e pode partir-se.
A pavlova não deve ser feita com mais de 24 horas de antecedência.

Topo
100 grs natas frescas para bater
2 c sopa de açúcar
100 grs de iogurte natural simples e escorrido 1 hora antes num passador de rede
1/2 c café de essência de baunilha ou as sementes de uma vagem de baunilha.
Morangos, frutos silvestres ou uma mistura de fruta à escolha.

ou pode colocar só 200 grs natas e omitir o iogurte.

Colocar a taça, as pás da batedeira e as natas no frigorífico de véspera ou umas horas antes.
Batem-se as natas com o açúcar, deitando o açúcar devagar enquanto se vão batendo as natas.
Logo que ganhem a consistência desejada de chantilly (atenção para não bater de mais), envolver o iogurte depois de bem escorrido e a baunilha. Reservar no frigorífico.

À hora de servir é só colocar a base de merengue num prato, cobrir com o creme e sobrepôr a fruta.

Sempre linda esta pavlova!


Ana

setembro 28, 2014

Papão de Anjo



Papão de Anjo

Está definidamente decidido!
Gosto mais de doce de ovos do que de chocolate!

A várias razões se deve a tradição da doçaria portuguesa, com base em gemas e açúcar, desenvolvida nos Conventos.

Devido ao açúcar que vinha do Brasil e à grande produção ovícula de Portugal,  que nos levou a exportar ovos para a Europa nos séculos XVIII e XIX, as Irmãs dos nossos conventos primavam pelos seus ricos doces.
As claras dos ovos eram utilizadas como purificadoras na produção de vinho branco e para engomar não só os hábitos das religiosas como os fatos dos homens da época. Sobravam assim as gemas.

O papão d'Anjo deriva dos papos d'Anjo, pequeninos doces fofos e amarelinhos, como qualquer papo d'Anjo que se preze. A preguiça levou a fazer -se este papão, bem mais vistoso e menos trabalhoso.

Ingredientes

Bolo
26 ovos
1 c café bem cheia de fermento

Calda
250 grs de açúcar
125 grs de água
200 grs de maracujás pesados inteiros

Doce de ovos
6 ovos
açúcar: igual peso dos ovos pesados com casca menos 40 grs.

Bolo
Pré aquecer o forno a 175º.
Untar e enfarinhar duas formas iguais com 23 cm de diâmetro.
Bater  24 gemas e 2 ovos com durante 5 min. Juntar a c. café de fermento e bater mais 5 min. sempre à velocidade máxima. Vai ao forno 12 min (se for abaixo ao toque é necessário mais uns minutinhos de cozedura).

Calda 
Fazer uma calda de açúcar com as quantidades acima descritas. Juntar a polpa dos maracujás. Após levantar fervura, fica a ferver 5 min. Deixar arrefecer e reservar.

Doce de ovos
Misturar num tacho anti-aderente os ovos inteiros com o açúcar. Vai a lume baixo, mexendo sempre com uma colher de pau, para não pegar ao fundo. O doce começa a liquificar e só depois começa a ganhar ponto. Logo que atinja a consistência de compota, retirar para uma tijela e deixar arrefecer.

Montagem do bolo
Num prato com um diâmetro bastante superior ao do bolo, coloca-se uma das rodelas do bolo.
Pica.se a superfície com um garfo e core-se com um pouco da calda de açúcar e em seguida com 1/3 do doce de ovos.
Assenta-se a segunda rodela e repete-se a operação.

Tal como se mostra na figura, o doce escorre para os lados.
O efeito é magnífico. se tiver um prato sobrelevado, o efeito ainda é mais bonito.

É um bolo que dá para muitos convidados e e óptimo para acompanhar uma chávena de café.

Ana.

setembro 26, 2014

Esses de Azeitão




Esses de Azeitão

Yey!!!!!!!!!!
Descobri finalmente o livro de receitas das minhas aulas de culinária da Escola Marquesa de Alorna e de quando tinha 10 e 11 anos.
Na altura a escola pública dava aulas de culinária a quem estivesse interessado sem se pagar nada mais por isso. Que bom! Era neste caderninho que eu as escrevia com imenso cuidado.

Além disso, mais tarde, também foi o usado pela minha mãe. Já o julgava perdido! Descobri estes esses de azeitão que me deliciavam nas tardes livres quando chegava da escola.

Costumava abrir a lata de folha e ir comendo enquanto via o Casei com uma Feiticeira! dá para imaginar há quantos anos foi!

Não têm nada de extraordinário, mas são bons e simples bolinhos de chá. Já as minhas memórias chegam envolvidas numa saudade gigante dos tempos em que eu vivia sem olhar nem para trás nem tentava adivinhar o futuro.
Só se vive o presente quando somos crianças.

Aqui vai a receita tal como a minha mãe a escreveu:

Ingredientes
  • 300 grs de farinha de trigo
  • 250 grs de açúcar amarelo
  • 50 grs de margarina + 50 grs de manteiga
  • 1 pitada de sal fino
  • 1 pitada de canela em pó
  • 1 ovo
  • farinha para polvilhar

Deite a farinha sobre a mesa e abra-lhe uma cavidade onde deita a canela, o sal, a margarina, a manteiga e o açúcar.

Com as pontas dos dedos comece a amassar a manteiga e a margarina com o açúcar; logo que bem amassados, junte o ovo e continue a mexer.

Só depois de bem amassados a manteiga, o açúcar, o ovo e o resto, se envolve tudo em farinha mas sem dar muitas voltas, isto é: ligando tudo e amassando o menos possível. Faça uma bola e polvilhe-a com farinha.

Retire depois pequenas porções (cerca de 30 grs cada) e, com as mãos, vá-lhes dando a forma de S e colocando-os num tabuleiro untado com margarina polvilhado com farinha.

Depois de todos moldados, vão a cozer em forno médio durante cerca de 25 min.
Depois de prontos descolam-se rapidamente com uma espátula ou pá.

Notas: ao enrolar os SS na mão, faça-o rapidamente e vá polvilhando com farinha para a massa não se colar às mãos.
Se o açúcar amarelo estiver granulado, pise-o ou passe pela peneira ou passador de rede.


Voltei a fazê-los agora mas substituí a margarina por azeite, mantendo a manteiga. Ficaram bons!
Mas as memórias são processos complexos. 
Sinto à mesma muito a falta daqueles biscoitos.

Ana

julho 23, 2014

BOLINHOS COROADOS

Barragem do Lindoso



'As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos verdes-impossíveis, daqueles em que os versos, desde o dia em que nascem, se põem a escrever-se sozinhos'. MEC

(Ler mais em http://epg.blogs.sapo.pt/593.html)


Bolinhos de canela e erva-doce coroados com amêndoas

Depois de uma grande ausência motivada por trabalho, menos tempo em casa, etc, aqui volto depois de um fantástico fim de semana no Minho, de onde trouxe uns óptimos bolinhos de canela coroados com uma amêndoa, em tom de graça minhota.

Tentei refazer a receita, adivinhando a canela, a erva-doce e outros aromas e paladares menos objectivos e resultaram uns também muito saborosos mas diferentes, como seria de esperar.

Sei que estas iguarias se adequam a tempos mais frios, mas no Minho chovia e o calor só deu ares da sua graça no domingo de regresso a Lisboa.

Aqui vai a receita que deu para 20 bolinhos:

Ingredientes

  • 2 ovos
  • 1 gema para pincelar
  • 350 g de farinha com fermento
  • 50 grs leite
  • 120 g de azeite 0,2
  • 100 grs de açúcar
  • 1 colher de chá de fermento
  • 1 colher de chá de canela
  • 1 colher de chá de erva doce
  • 20 amêndoas sem pele

Aquecer o forno a 180º.
Misturar todos os ingredientes, formar um cilindro e cortar em rodelinhas. 
Cortar as rodelinhas todas com a mesma largura, garantindo-se assim que os bolinhos ficam todos do mesmo tamanho.
Deitar uma amêndoa pelada no centro do bolinho e pincelar com gema de ovo para lhes dar uma cor bonita, qual rapariga minhota!
Pôr um tapete de silicone no tabuleiro do forno ou barrar e enfarinhar um tabuleiro de folha.

Depois é só esperar uns 10 minutos, dependendo do forno e do tamanho dos bolinhos e já está!

Quem quiser ir passar umas férias a Moledo, até pode comê-los no verão em dias de nortada ou durante a noite em casa a acompanhar um chá e um jogo de cartas e o som da concertina do Sr. Abreu!

Ana

julho 01, 2014

TEM TARTE DE NATAS? OH, QUE PENA!


Tarte de Natas crocante com Framboesas
Se há coisa que me entristece quando vou a um restaurante e chega a fase das sobremesas, vejo na lista Tarte de Natas, peço e...
 "Tem Tarte de Natas?
Lamento, mas já não há!
Oh, que pena!"

Por isso desta vez foi a dobrar, para um dia recordar de mais 25 FRAMBOESAS.
Não sei porquê, mas gosto de comemorar o 25, com Framboesas, cor do Amor! Ler mais em...

5 Ingredientes
(Neste caso, fiz o dobro das quantidades, menos das barritas e framboesas)

  • 2 pacotes de natas para bater
  • 1 lata de leite condensado
  • 6 folhas de gelatina
  • 1 pacote de barritas de frutos vermelhos
  • 1 caixa de framboesas

Preparação
Antes de começar, coloca-se a gelatina de molho em água à temperatura natural e os pacotes de nata no congelador por 30m.
Batem-se as natas em chantilly ( se não estiverem bem frias ficam líquidas).
Junta-se o leite condensado e volta-se a bater.
Retiram-se as folhas de gelatina para um taça com um pouco de leite e vão ao microondas por 2s até amolecerem.
Acrescenta-se ao preparado anterior.
Deita-se numa forma de fundo amovível, a qual se passou previamente por água.
Leva-se ao frigorífico por 3h até solidificar ou então para ser mais rápido ao congelador.
Depois de desenformar com cuidado, colocar por cima as barritas crocantes que se desfizeram previamente e enfeitar com as framboesas.

Lou

maio 20, 2014

VOILÁ LE CRÊPE

Foto via Crêperie da Ribeira
Massa para crepes
As modas de comida vêm e vão…e os crepes nos anos 80 foram uma grande moda, associada à cozinha francesa.
Foi ao relembrar-me de uma Creperia que existia na Duque D'Ávila onde almoçávamos a conversar sobre a manhã conturbada (às vezes) no TT, e onde comíamos crepes salgados e doces, dos quais o de recheio de cogumelos era o meu preferido, que me apeteceu um CREPE!
O crepe, do francês crêpe e do latim crispus, que significa crespo, é um tipo de panqueca fina, composta por ovos, farinha, manteiga e leite, cozinhada numa frigideira anti-aderente ( de preferência) só com um pouco de gordura.
Simples ou com recheio, doce ou salgado, a imaginação e o paladar de cada um ditará a escolha.
Quando não apetece cozinhar, talvez ir ao QUIOSQUE HOLY CREPE ou à LA CRÊPERIE DA RIBEIRA.

5 Ingredientes
  • 3 ovos biológicos
  • 7 CSopa de farinha maizena
  • 1 CSopa de manteiga
  • 15 CSopa leite
  • 1 pitada de sal
Preparação

Colocam-se todos os ingredientes numa misturadora.
Bate-se bem.
Aquece-se uma frigideira anti-aderente  ( diâmetro aprox. de 20 cm) com um pouco de margarina vegetal.
Deitam-se pequenas conchas da massa para ficar fina.
Depois de prontos, recheiam-se a gosto.

Lou

março 16, 2014

NOTHING BUT THE FISH

Pablo Picasso



Pescada assada no forno

Não costumo comprar peixe congelado, mas a minha tia disse-me que estas pescadas do Chile são muito boas e eu experimentei.
Comprei uma inteira que mandei cortar em postas e guardei no congelador a aguardar uma oportunidade.

Apetecendo-me um peixinho, lembrei-me da dita cuja e descongelei duas postas para mim e para a minha teenager.

Ingredientes

                1 cebola
                4 batatas médias
                2 postas de pescada 
                sal e pimenta preta q.b..
                1 pitada de pimentão doce
                2 dentes de alho pequenos     
                2 rodelas de limão
                sumo de meio limão
                azeite q.b.
                3 hastes de salsa fresca
                100 ml vinho branco

Cozi  as batatas lavadas e partidas em cubos em água com sal durante uns 5 minutos após levantar fervura. Devem ficar ainda um pouco rijas para não se desfazerem no forno.

Num pyrex, fiz uma cama com as rodelas de cebola e os alhos picados onde deitei as postas.

Reguei o peixe com o vinho e um bom fio de azeite. Temperei com sal e pimenta, polvilhei com uma pitada de pimentão doce e salpiquei tudo com a salsa fresca cortada fininho.

Reguei o peixe com o sumo de limão e por cima de cada posta de pescada coloquei uma rodela de limão.

Levei a forno pré-aquecido a 180 º C durante cerca de 30 minutos ou até verificar que a pescada estava devidamente assada.

A meio da cozedura coloquei as batatinhas mal cozidas à volta do peixe, reguei com um fio de azeite e deixei acabar de assar, regando o peixe e a batata com o molho que se formou no tabuleiro pelo menos duas a três vezes durante o tempo de cozedura.

Gostámos muito e a pescada era de facto boa! melhor do que algumas frescas que tenho comprado cuja carne é mole e sem graça. 

Mesmo assim, nada que se compare à frescura da pescada que comprei no verão passado no mercado de Caminha! Com graça e muita brejeirice, a senhora que ma vendeu, segurando pelo rabo da pescada e inclinando-a na minha direcção, dizia:
- Ó menina olhe para isto, parece um menino de 20 anos!

Ana

março 11, 2014

A MENSAGEM


Ovo estrelado com batatas fritas, salsichas 
 acompanhadas de bom livro

MENSAGEM
Esta comida é pouco nutritiva, gordurosa, contêm colesterol e

SABE MUITO BEM
Sim esta comida é tudo isto, mas quantas vezes quando não apetece carne, peixe ou cozinhar esta comida, apita-nos na nossa cabeça como a saída mais reconfortante para uma refeição rápida.
Mas....
Cortar a batatinha fina, limpá-la num pano, fritá-la em azeite, e tornar a colocá-la sobre papel ade cozinha absorvente.
As salsichas, de aves fritas também em azeite. 
O ovo estrelado feito como na receita anterior.A seguir de barriga cheia recostamo-nos e lêmos um pouco...

OVO ESTRELADO


Ovo Estrelado
Ovo Estrelado? Gosto, mas nem um ovo estrelado sem fazer!

Quantas vezes ouvimos esta frase, e ficamos estarrecidos, porque estrelar um ovo será assim tão dificil ou significa que " cozinhar não é comigo!"
Parece-me mais esta hipótese, mas para mim um ovinho estrelado caseiro trazido diretamente do c...da galinha, com a auréola crocante e ligeiramente tostada faz a minha delicia.
Arranja-se uma frigideira anti-aderente do tamanho do ovo feito, acrescenta-se umas gotas de azeite, roda-se para engordurar toda a base.
Quando o azeite estiver bem quente deita-se o ovo que se abriu previamente para uma tigela, para garantir da sua frescura. vai rodando a frigideira para espalhar a clara  e deixa-se o tempo suficiente para tornar o bordo do ovo num dourado crocante. 
No fim a gema fica apenas mole e deita-se umas pedras de flor de sal. Abre-se  até aquela cor amarela se derreter sobre o prato e  ser ensopada com um bocado de um bom pão caseiro.

Lou

março 10, 2014

CARAPAUZINHOS & TAPA


Tapa de carapauzinhos
Comprados no mercado no sábado, comidos no fim-de-semana, e depois disto as sobras já não se podem ver, mas não sei porquê sempre gostei de peixe frito frio com pão.A minha mãe guardava as sobras , dentro do armário à vista, para quando nos desse a fome. Eu continuo a fazer o mesmo e há sobras que ficam por detrás do vidro do louceiro à espera de serem comidas...
Desta vez, arranjei como base uma fatia de pão de véspera, agriões, os carapauzinhos de antes de ontem destavez fritos com sêmola de milho para lhes dar mais croconte, intervalados por umas fatias finas de rabanetes e um pecadinho de mostarda...
Soube-me como se estivesse  numa tasca nova do Cais-do-Sodré.


Os carapauzinhos, amanhados, limpos num pano, panados com sêmola de milho, à espera de serem fritos em óleo bem quente e depois a gordura seca em folhas de papel absorvente.

Lou

março 09, 2014

SMOOTHIE & SMOOTH


Domingo , levantamo-nos mais tarde, a música acompanha-nos pela manhã. ligamos a SMOOTH FM, ...and all that jazz, música calma , smoothie ...a condizer com o Belo Smoothie que me foi oferecido pela Pipoca mais velha.
Delicioso...e nutritivo.

Ingredientes (2 copos)
  • 3 morangos
  • 2 laranjas pequenas
  • 1 tamarilho
  • 1 CS sementes de linhaça
  • 1 CS mel de rosmaninho
  • Água fresca qb
  • 1/2 cc sementes de chia
  • bagas de goji para polvilhar
Preparação
Junta-se tudo num copo mixer e tritura-se até ficar smoothie.
No fim polvilha-se com as sementes de chia e gogi.


Lou

março 08, 2014

ACABOU O INVERNO?





Bolo de laranja

Ainda não é oficial, mas já chegou a primavera!
As árvores estão com folhas verdes clarinhas, os patos lutam cheios de energia e, no meio de um dia de trabalho, ainda deu para fugir um pouco do computador e sentir o calor do dia!

A Lou já colocou um bolo de laranja, mas este ficou tão bom, que aqui vai esta alternativa!

Ingredientes
  • 2 ovos biológicos
  • 300 gr de farinha c/fermento
  • 250 gr açúcar branco
  • 180 ml de óleo
  • 1 c sopa raspa laranja
  • 2 c sopa sumo de laranja
  • 280 gr iogurte natural
Cobertura
  • 80 ml sumo laranja
  • 120 gr de açúcar
  • casca laranja em tirinhas (só a parte branca)
Num liquidificador juntei o açúcar, os ovos, o óleo, o sumo e a raspa da laranja. Deitei numa tigela e envolvi a farinha em chuva.
Untei uma forma d chaminé com manteiga, enfarinhei e deitei a massa.
Foi ao forno a 180º aproximadamente 30 minutos.

Para o coulis da cobertura, levei ao lume todos os ingredientes e deixei engrossar um pouco. Reservei.

Quando o bolo estava pronto e frio, piquei toda a parte de cima com um palito. Abri o bolo ao meio e verti metade do coulis na metade de baixo.
Cobri com a outra metade e verti o resto do coulis.

Deixei absorver bem o líquido e preparei um chá preto!

Depois foi só sentar-me, abrir o computador e trabalhar na minha varanda, aproveitando este belo dia de inverno!

Ana

março 04, 2014

ARGOLINHAS DE LULAS DE TOMATADA, NATAS E SALSA FRESCA




Argolinhas de lulas

Plantei salsa num vazinho mas nasceu uma salsa pequenina...devia ter visto melhor a que variedade pertencia, mas mesmo assim, dá para aromatizar e enfeitar os pratos.

Estas lulas foram feitas com uma básica receita portuguesa, a única diferença está no tamanho. Decidi cortá-las muito fininhas, o que diminui o tempo de cozedura, ficando muito macias.

Ingredientes
  • Lulas limpas cortadas em casa às rodelinhas
  • 1 lata de tomate
  • 1 c chá de açúcar
  • 1 c sopa de natas
  • 1 cebola
  • 2 dentes de alho
  • 3 c sopa de azeite
  • 1 golo de vinho branco igual ao que depois vai para a mesa
  • 1 fl de louro
  • sal e pimenta qb.
  • azeitonas pretas
Fazer um refogado com o azeite, a cebola e os alhos picados e deixar por 5 min até a cebola ficar translúcida. Juntar o tomate e a fl. de louro e deixar em lume brando mais 5 min. Deitar o vinho branco, misturar e deitar as argolinhas de lulas. Temperar com sal e pimenta, o açúcar para cortar a acidez do tomate e tapar o tacho. Vai-se mexendo de vez em quando (adoro esta precisão dos cozinhados caseiros) mais ou menos durante 30 min.
No final, já com o lume desligado, juntam-se as natas, poucas, para não se sobrepôr ao sabor das lulas.
Salpica-se com a salsa e as azeitonas pretas a gosto.

Acompanhei com arroz basmati.

Receita simples, caseirinha, mas boa. Amanhã ainda vai estar melhor e mais apurada!

Ana