fevereiro 27, 2014

BIFE À SILVA


Bife na Frigideira
Chegávamos cheios de fome, entrávamos pela copa, e depois de uns gritos do Silva, pediamos-lhe um bife que ele cortava diretamente da peça inteira, bem suculentos.Durante uns tempos não percebia o que é que aqueles bifes feitos de uma maneira tão simples tinham...não me lembro bem se era um pouco de  mostarda e vinho depois de fritos ..só sei que hoje apeteceu-me um Bife à Silva.
 A carne não foi cortada na altura, mas é uma carne excelente de novilho da vazia embalada em vácuo, de Miguel Vergara S.L. de Valladolid., comprada no Continente.
Um pouco de azeite na frigideira, dentes de alho a gosto , 1 malagueta.
Frita-se também a gosto dos 2 lados o bife, acrescenta-se um pouco de mostarda para engrossar o bife e depois umas gotas de vinagre para lhe dar aquele toque ácido.
Enquanto comia o dito, senti os gritos do Silva no ar "Ó CARAPAU!".

Lou

fevereiro 26, 2014

GELADO DE NATAS, MEL E FIGO


Gelado de natas, mel e figo

Passaram-se anos sem me lembrar da gostusura desta sobremesa espanhola.
Era nas idas a Cáceres, a seguir aos petiscos do EL FIGON DE EUSTAQUIO, que depois do presunto, dos revueltos e das angulas, terminava-se com este gelado.
Da última vez que lá estive disseram-me que o fazem há cerca de 30 anos. Fizeram uma nova apresentação mais gourmet, mas o sabor continua lá.
Não sei como se faz, mas através do paladar tentei refazer a receita, e ela transpôs-me mais uma vez, para as terras de Espanha.


Usei produtos nacionais neste caso do Algarve.
O figo e o mel


Ingredientes
  • 4 pacotes de nata 
  • 20 figos secos médios
  • 1 CS mel
  • 5 nozes trituradas
  • 1 Cchá de raspa de limão



Preparação
Triturar os figos.
Bater as natas em chantilly espesso.
Juntar aos poucos nas natas, os figos triturados e o mel, incorporando bem.
Serve acompanhado de mel e de uma compota ácida de frutos vermelhos.

A noite na Plaza Mayor em Cáceres
O gelado do EL FIGON
 Lou


fevereiro 23, 2014

SARDINHAS EM ARTE

Via Portugal Confidencial
Trabalho em metal representando um dos produtos da cozinha tradicional portuguesa -as sardinhas. 
Uma parte da coleção de arte do Hotel Conrad Algarve.

Lou
             

fevereiro 22, 2014

O PEIXEIRO QUE PESCA

BILL CALLAHAN
Melancólico? Talvez!
Sargo da Costa Grelhado
Ir ao mercado comprar peixe para grelhar, e perguntarem-nos:
Quer um Sarguinho fresquinho apanhado por mim ontem?

Ouro sobre Azul

O sargo era muito fresco, com sabor a maresia, mas não chegava aos de Porto Covo ou aos do Cabo da Roca, mais escuros  e que se alimentam do plâncton das rochas, têm as barrigas com o sabor a mar.
Lume brando de carvão, muito sal e uma crosta estaladiça dourada que sai por inteiro a deixar o interior suculento em lascas brancas.Nem precisa de azeite ou manteiga para temperar. 

fevereiro 21, 2014

AS MINHAS GAMBAS AL AJILHO


Camarões al Ajillo

Esta pequena amostra de sol já me fez sair do inverno e ir comprar uns camarões para o almoço do sábado passado, num dos meus passeios favoritos ao Mercado de Alvalade, de manhã.
Al Ajillo é um modo de fritura em alho, como o nome indica em bom castelhano.
As minhas gambas são camarões e, para além do alho, levam uma malagueta, vinho branco ou cerveja e o essencial: o líquido que sai das cabeças das ditas cujas esmagadas. Para isso, uso camarões grandes, para conseguir maior quantidade de líquido.

Aqui vai a receita:

Ingredientes para 4 pessoas
  • 16 Camarões grandes
  • Sal grosso
  • 2 dl azeite
  • 1 cabeça de alhos
  • 1 Malagueta pequena vermelha ou uma colher de chá de Achar de Manga (como a Lou fazia)
  • ½ copo de vinho branco bom ou de cerveja branca.
  • salsa picada

Começo por deixar descongelar um pouco os camarões para os conseguir descascar, mantendo o rabinho. Reservo as cabeças. Dou um golpe superficial ao longo das costas do camarão e retiro a tripa preta. Esta acção tem duas funções: a de retirar a tripa que dá mau sabor e é indigesta e a de dar uma forma aos camarões mais bonita depois de cozinhados.
De seguida, pico os alhos com uma faca (não uso o picador por que os desfaz em papa e o sabor fica amargo) e junto ao azeite quente, juntamente com a malagueta pequenina (mais picante do que as outras). Junto ao refogado as cabeças dos camarões que vou espremendo até retirar todo o líquido castanho que se mistura com azeite. Nesta altura, já  apetece molhar o pão, mas é melhor esperar! Deixo em lume baixo uns minutos só para o azeite ganhar sabor.
Retiro as cabeças e, ou passo à etapa final ou deixo o acabamento para a hora de servir.

Salpico os camarões com o sal e verto-os para a frigideira com o azeite quente. Refresco com o álcool e vou dando a volta aos camarões. Refresco com um pouco de salsa fresca picadinha.
Estes não devem fritar mais do que uns 2 minutos, dependendo do tamanho, senão ficam tipo borracha.
 Depois, é só ir a correr para a mesa. Abrir um pão quente e mergulhar no molho, enquanto se continua a beber do mesmo vinho.
A minha varandinha é o que me prende a esta casa! E com sol, musiquinha, uns amigos e uns petiscos…

Uma alternativa é transformar esta entrada num prato principal, deitando os camarões com o molho sobre uma esparguete acabado de cozer.

Ana

CABEÇAS NO FORNO


Cabeça de borrego assada no forno

Não nego que isto de comer cabeças de borrego assadas no forno, não é para qualquer um!
Alentejana de alma e costelas, lisboeta de paixão, desde cedo me habituei no Alentejo a andar nos petiscos atrás do sexo masculino, e era quando anualmente se matava um borrego que se fazia a dita bem temperada de pasta de sal e alho batida no almofariz, que depois de envolta em papel vegetal atada com corda, assava no forno da aldeia. Esperáva-mos ansiosamente que arrefece-se e lascava-se toda incluindo os miolos que eram deliciosos.
Mais tarde íamos a uma tasca alentejana, perto do jardim de Queluz ao petisco de cabeça assada.
Passaram-se anos e agora elas regressaram em força!
É na Beira, zona de bom borrego, que os compramos acabados de matar.É todo partido, e sobram as cabeças que na Casa Encarnada do Vale são assadas no fogão de lenha lentamente até ficarem secas e bem tostadas com sabor a sal e alho simplesmente.
Como ninguém gosta, eu vou-me deliciando durante dias com o petisco.

Lou

fevereiro 19, 2014

SABE COMER SOPA?

            

Se há coisas que desesperam qualquer um, é estar alguém a sorver a sopa ao nosso lado, em alto som!
Estamos na época das sopas, brancas, amarelas, verdes, encarnadas, castanhas, tuti.color, elas fazem 
um belo inicio de refeição saciando-nos a gula, e enchendo-nos de minerais e vitaminas.
Como o saber não ocupa lugar, aqui vai um video divertido dos FINE DINING LOVERS

Lou

fevereiro 18, 2014

TOMATE NO CÉU



O Tamarilho , tomate japonês,tomate maracujá, tomate inglês ou tomate arbóreo .
Proveniente dos Andes, com um sabor agridoce, rico em Vitamina A, é usado em sumos, geleais, compotas ou chutneys, acompanhando tanto pratos de carne como doces.Ver mais em...

Trazido do Brasil escondido numa mala, plantado no jardim, o que é um fato é que nunca ninguém ligou aos seus bonitos frutos vermelhos que alegram o jardim despido durante o Inverno, até que um ano a mais velha, numa pausa entre Licenciatura e Mestrado, resolve colher uns frutos e fazer uma compota.
Era uma delica, com um sabor entre o doce e o acre, e foi assim que a partir desse dia, o TAMARILHO em COMPOTA ou em CHUTNEY, regressa todos os Invernos a alegrar o Jardim lá fora e a mesa cá dentro.

Compota de Tamarilho

Ingredientes
  • 10 tomates japoneses maduros
  • 10 CSopa de açucar
Descascam-se os tomates e partem-se aos bocados, acrescenta-se o açucar e leva-se a lume brando até ficar uma calda pastosa.
Está pronto a comer ou a decorar bolos.

Lou

fevereiro 16, 2014

BOLO DE LARANJA COM CROSTA DE LARANJA CARAMELIZADA


As laranjas do Vale estão agora na sua melhor doçura. As árvores de folhas verdes estão cobertas de core laranja, umas maiores e outras menores. Nos dias em que não chove aproveita-se para apanhar algumas.
Mas há prazeres que não se pagam, que é o de levantar cedo, as árvores ainda com as gotas de orvalho das noites frias e colher uma laranja fresca e sumarenta que se come na altura.
Apanham-se outras, para simplesmente descascar e comer, ou então para um Bom sumo, ou então para um BOLO DE LARANJA.
Esta receita, é a do Bolo da mãe, simples, mas ao qual fiz um “MAIS”
Troquei ingredientes e acrescentei outros, porque me apetecia que fosse um Bolo húmido, e ainda com mais sabor a laranja.
O resultado final: APROVADO! A REPETIR


Bolo de laranja húmido com crosta de laranja caramelizada

Ingredientes
  • 300 gr de açúcar amarelo
  • 250 gr farinha
  • 4 ovos
  • sumo e raspa de 1 laranja
  • Fermento Royal
Caramelo
  • 1 copo de água
  • 1/2 copo de açucar
Molho de laranja
  • 2 laranjas para o molho às quais se retira a casca e se corta em juliana
  • 4 colheres de açúcar
Preparação

Faz-se 1º um caramelo líquido com 1 copo de água e 1/2 copo de açucar que se coloca numa frigideira anti aderente, mexendo sempre até ganhar a cor de caramelo.
Barra-se uma forma com água, escorre-se e de seguida envolve-se neste caramelo até cobrir todo o interior da forma.
Cortam-se laranjas às rodelas e cobre-se o fundo da forma.
Reserva-se.

Separam-se as gemas das claras.
Batem-se as claras em castelo e reservam-se.
Bate-se as gemas com o açúcar muito bem, acrescenta-se de seguida o sumo e raspa da laranja.
Incorpora-se depois a farinha com o fermento e depois envolvem-se com cuidado as claras em castelo.
Coloca-se na forma.
Vai ao lume em forno pré-aquecido a 180º até estar cozido, ou seja dourado e que espetando um palito saia seco.

Com o bolo ainda quente volta-se com cuidado sobre um prato, ao qual se acrescentou por cima a calda de açúcar com laranja e a juliana que esteve a cozinhar até reduzir.

Lou


fevereiro 15, 2014

CARAPAUS & BURROUGHS


"OS ARTISTAS É QUE SÃO OS VERDADEIROS ARQUITETOS DA MUDANÇA!
William S, Burroughs
Aos sábados é dia de comer peixe grelhado no carvão, quer seja dentro ou fora de casa.
De manhã o “Chef” de casa levanta-se vai ao mercado, ver qual o peixe que mais lhe agrada, e neste dia foram uns maravilhosos carapaus, bem grandes ( 1/pessoa), douradinhos com a pele tostada como eu gosto, cobertos apenas e simplesmente com o sal grosso e depois azeite, para melhor o pãozinho. Mas cá em casa CARAPAU, quer MOLHO À ESPANHOLA, eu cá para mim o sabor forte do molho, tira toda a frescura ao peixe.

Mas a gosto dos de mais aqui vai a receita, de mais um sábado de carapaus e leituras de jornais neste inverno chuvoso.


Molho à Espanhola
  • 1 cebola
  • 1 dente de alho
  • Salsa ou coentros
  • 1 CChá de Pimentão doce
  • 4 CSopa Azeite
  • 1 CSopa de Vinagre
  • Sal


Pica-se a cebola, o alho e a salsa, junta-se-lhe o azeite e  pimentão doce desfeito no vinagre com um pouco de água.
Tempera-se de sal.
Coloca-se numa malga e acompanha o peixe grelhado para quem gostar, eu não muito obrigada!

Lou

WEEKEND BREAKFAST


Início de fim de semana

Gosto de me levantar cedo no fim de semana. Principalmente ao sábado, dia em que a cidade ainda se movimenta mas de forma mais livre.
Apesar do pequeno-almoço poder ser o mesmo, é com outra calma que o tomo, intervalado com o jornal ou qualquer coisa que guardei para ler com um pouco mais de tempo.
Tanto o silêncio da casa como um café citadino (desde que com pouco barulho) me agradam. Melhor de tudo, seria um café simpático fora de Lisboa, mas isso quase nunca acontece! 

Ingredientes
1 manga pronta-a-comer do Pingo Doce (das melhores mangas que tenho comido!)
 3 c sopa de flocos de aveia
1 c de sobremesa de mel
3 c sopa de yogurt grego light do Lidl

ou

2 maracujás
1/2 banana
1 yogurt grego Danone de maracujá
1 punhado de pinhões

ou

2 peras maduras cortadas finas
1 c sobremesa de farinha de alfarroba (óptimo substituto de chocolate)
2 c so1 yogurt natural grego
1 c sobremesa de açúcar amarelo
 3 c sopa de amêndoa laminada torrada

ou uma opção mais quente,

3 c sopa de yogurt de baunilha do LIDL
2 c sopa pepitas de chocolate
1 banana às rodelas finas
2 c sopa de avelã moída

Como me trazem sempre laranjas, costumo sempre acompanhar com um sumo fresquinho.
No final, um café quente!

De seguida, pensar num prato ou num bolo para fazer no domingo e uma visitinha ao mercadinho biológico do Campo Grande, ao Mercado de Alvalade ou ao BRIO e à feira de alfarrabistas no Chiado!
Um cineminha, umas leituras e está feito.

Energias retomadas para o pacato domingo e início da semana seguinte. 
Nada de fancy ou estravagante!

Ana

fevereiro 06, 2014

BOLACHINHAS DE AVEIA

  Oat fields, Claude Monet


Bolachinhas de aveia

A Maria já está farta das constantes arrufadas, queques e pães de Deus que leva para os lanches da escola. Assim, fui pesquisar umas bolachas na net. Descobri esta do Simon Rimmer, um dos cozinheiros  que escreve para a BBC.
A receita é muito mais complexa do que a que eu fiz. Sobre as bolachas, ele ainda põe um creme de caramelo (fudge) e chocolate branco derretido. Só as bolachas são ricas o suficiente para levar como snack.

Ingredientes
  • 225 gr de farinha com fermento
  • 200 gr de açúcar demerara
  • 225 grs de flocos de aveia
  • 225 grs de manteiga derretida
  • 50 gr de golden syrup
  • 1/2 c de chá de bicaborato de sódio misturado com 1 c chá de água quente
Liguei o forno a 180º.
Misturei todos os secos numa tigela, abri um buraco no meio e deitei a manteiga derretida misturada com o golden syrup e o bicarbonato de sódio diluído em água. Misturei bem todos os ingredientes e, com a ajuda das mãos um pouco oleadas, fiz umas bolinhas com uns 3 cm de diâmetro.
Coloquei-as sobre uma folha de papel à prova de gordura (greaseproof paper), com uma boa distancia entre elas, achatei-as com um garfo e cozinhei-as durante 15 min, até estarem douradas.
Arrefeceram sobre uma rede e foram de seguida para mesa do lanche.

Como sempre, gosto mais das bolachas frias do que mornas. A Maria gostou muito e acha-as compulsivas. Sente-se a aveia e o mel. São tão doces que não as imagino com mais nada por cima!

Ana

fevereiro 02, 2014

CARAMEL

                     
                            
Directed by: Nadine Labaki
Music by Khaled Mouzanar
Release dates: May 20, 2007 (Cannes)
August 9, 2007 (Lebanon)

The title Caramel refers to an epilation method that consists of heating sugar, water and lemon juice. Labaki also symbolically implies the "idea of sweet and salt, sweet and sour" and showcases that everyday relations can sometimes be sticky but ultimately the sisterhood shared between the central female characters prevails.


Trufas de caramelo envolvidas em cacau

Ainda a pensar no caramelo das bolachas, aventurei-me pelo mundo do açúcar e fui de volta para o fogão para fazer os caramelos, ou o doce de leite como lhe chamam os brasileiros. A distinção entre o brasileiro e o português é salutar e desejável, mas qualquer dia também vem aí algum outro acordo em que também temos de adoptar os mesmos significados passando a ir ao café pedir um café fresquinho acabado de passar, em vez de uma bica em chávena quente.
Mas isso são outras guerras!
A minha, não de menor dimensão, centrava-se na execução de um bom caramelo. Como gosto do rigor da doçaria, fiquei um pouco irritada por não ter nem a mão nem um candy thermometer à altura desta batalha.

Ingredientes
  • 300 ml de leite meio-gordo
  • 380 ml de açúcar branco
  • 100 grs de manteiga sem sal
  • 1 c chá de extrato de baunilha                 
Primeiro coloquei uma folha de papel anti-aderente numa forma quadrada com 18 cm. Como não tinha, usei uma que serve para fazer o bolo inglês.

Em seguida, derreti todos os ingredientes, à excepção da baunilha e levei a ferver durante 20 min sem nunca parar de mexer. Aos 120º retirei do calor e juntei a baunilha. Deixei arrefecer uns 5 min e deitei na forma. A receita dizia que os caramelos não devem ir ao frio.

Ficaram um pouco moles, pelo que os voltei a colocar ao lume. Após alguns minutos voltei a deitar a massa no tabuleiro e deixei arrefecer. Mesmo assim, ainda não ficaram com a consistência desejada. Transformei os em bolinhas, envolvi-os em cacau para salvar a receita e o sabor está muito bom e igual aos caramelos da vaquinha que eu comia em criança, quadradinhos embrulhados em prata dourada.

A receita está correcta, o meu termómetro é que não estava à altura e deve ter-me atraiçoado.
No próximo sábado vou comprar um termómetro de doces bom e voltar ao fogão. A luta continua!
Vou dando notícias!

Ana