maio 24, 2023

SALADA RUSSA

a fotografia não é minha mas ficou igual :)
Salada Russa

A Primavera parece Verão, infelizmente! apetece-nos coisas frescas, leves, como se estivéssemos em Agosto. Assim, adaptando uma receita do Chef Pedro Sommer, fiz esta salada russa que fica muito boa.

Ingredientes

  • 2 batatas médias
  • 2 cenouras grandes
  • 1 nabo
  • 200 grs de ervilhas
  • 3 latas de atum

Maionese

  • 2 ovos bio
  • 1c sopa mostarda
  • 1 c chá sumo limão
  • 3 dl óleo
  • sal fino e pimenta qb
  • Salsa qb
  • 8 ovinhos de codorniz ou 3 ovos

Cozem-se separadamente em água com sal, as batatas, as cenouras e o nabo (partidos em pedaços de 2 cm) e as ervilhas.

Deixam-se arrefecer.

Para a maionese, coloquei na Bimby os ovos, a mostarda, o sal e a pimenta e misturei durante 10 seg à velocidade 5. De seguida, mantendo a mesma velocidade, fui vertendo o óleo em fio através da tampa com o copo medidor colocado - o óleo escorre para o copo e emulsiona a maionese. Quando pronta, envolvi a salsa picadinha e reservei no frigorífico.

Para a montagem, coloquei num pyrex todos os legumes, juntei o atum, escorrendo primeiro o líquido da lata, e envolvi bem na maionese. 

Enfeitei com os ovinhos de cordorniz por cima.

Fresquinha, é uma delícia!

TIP: Aproveitei para marinar uns bifes de perú na maionese que sobrou, à qual juntei um pouco de harissa (que tinha trazido de Marrakech e que acrescenta um picante óptimo), uma folha de louro e dentes de alho laminados. Depois foi só grelhá-los e servir com uma salada verde.

Ana

março 30, 2023

SALADA QUENTE DE COURGETTE e HALLOUMI COM MOLHO DE IOGURTE

Three Zucchini, Still life oil painting
https://sharonschock.com/blogs/news/three-zucchini-still-life-oil-painting-6x6
Salada quente de courgette e halloumi com molho de iogurte

Gosto cada vez mais de comida mediterrânica, especialmente a grega.

Pegando numa receita da Heidi Flett da Linen&Fork, e porque o calorzinho desta semana chama pelas saladas, fui para casa preparar este festim.

Em vez da rúcula, coloquei uma base da alface que o Sr. João Manso apanhou e me ofereceu no domingo.

Ficou muito boa e o molho de iogurte é indispensável, principalmente se usarmos um saboroso azeite como este que o a Lou e o marido me ofereceram.

Ingredientes

  • 3 courgettes, cortadas em fatias com 6mm de espessura e na diagonal
  • 1 c chá de folhas frescas de alecrim, picadas
  • 2 c de sopa  azeite extra virgem
  • 250 grs haloumi em fatias com espessura de 0,5cm
  • 50 grs rúcula bebé (usei alface)
  • pimenta preta

Molho de iogurte

  • 1/2 chav iogurte grego simples
  • 1/4 chav endro fresco picado
  • 1 dente de alho esmagado
  • 2 c. sopa de sumo de limão
  • 2 c. sopa de azeite extra virgem

Coloque o iogurte, o endro, o alho, o sumo de limão e o azeite numa taça e mexa bem com um fouet para emulsionar a mistura. Tempere com sal e pimenta. Reserve no frigorífico

Coloque a courgette, o alecrim e 1 c sopa de azeite numa tigela e misture bem.

Aqueça uma frigideira grande antiaderente em lume médio-alto.  Cozinhe a courgette por uns minutos de cada lado ou até dourar.  Reserve numa tijela quente e tapada para manter o calor.

Noutra tijela, misture bem o haloumi e 1 c sopa azeite. Na mesma frigideira quente onde cozinhou as courgettes, junte o haloumi e deixe tostar levemente por 1 minuto de cada lado ou até dourar.

Coloque a rúcula (alface, neste caso), a courgette e o haloumi numa travessa.

Tempere com pimenta.

Regue com o molho de iogurte e sirva imediatamente.

O molho de iogurte pode ser feito com antecedência e guardado no frigorífico até à hora de servir, por 1 dia.  Como sobrou, vou usar como dip para as alcachofras que comprei.

Ana

março 28, 2023

CARPACCIO DE BETERRABA E CENOURA COM MELAÇO DE ROMÃ, SEMENTES DE GIRASSOL E RASPA DE LARANJA

Carpaccio de beterraba e cenoura com melaço de romã

 Fui almoçar a casa da R. no Alentejo.  O dia estava lindo e convidativo a um encontro entre amigos e a todos os que, apesar de serem conhecimentos recentes ou mesmo novos, rapidamente se tornaram próximos.

Fui recebida pela R. e pelo A. de uma forma calma, amiga, descontraída, como se nos conhecêssemos há muitos anos.

A casa, com pormenores em azul céu, emanava a mesma energia positiva e tranquila dos meus novos amigos. Todos os espaços, cheios de luz e onde a paisagem verde alentejana espreita pelas janelas, foram articulados de modo a acolherem, a tornarem-se lugares de memórias, de afectos construídos e partilhados pelas filhas, família e amigos — mais do que uma casa bonita, sente-se um ‘home feeling’, o início de um ninho familiar, onde as sucessivas gerações vão certamente viver óptimos momentos, enriquecendo-os com o seu cunho pessoal.  Uma bênção, o espírito desta família.

 O almoço foi servido no espaço exterior, peça central da casa e ideal para esta época do ano, cujo calor da terracota, me trouxe à memória Luis Barragán.

Centrando o olhar sobre a mesa, os queijinhos de entrada e os enchidos, acompanhados por fatias de pão alentejano e pelos óptimos vinhos biológicos Encosta das Perdizes, produzido pelo dono da casa, deram o primeiro tom à conversa, quebrando o gelo entre os que não se conheciam tão bem.

Seguiram-se uns ovos fantásticos com farinheira feitos pelo A., de um amarelo tal, que pareciam os girassóis de Van Gogh. Aquela cor só mesmo de ovos de galinhas super felizes e que se passeiam alegremente pelo campo a comer coisas boas!  Cá para mim, têm uma alimentação melhor que a minha!

E depois, veio a feijoada, quentinha, servida como deve, dentro do recipiente onde foi feita, para não arrefecer!

Um pão-de-ló extraordinário, daqueles molhadinhos, trazido pela C., uma blättertorte da M. e umas bolachas com flor de sal postas na mesa pela T., cortados por umas uvas —contrabalanço ácido à enorme provocação de doces que surgiam diante de nós—, terminaram este banquete.

Mas voltando à razão deste post, ofereci-me para levar uma entrada para o almoço.  Há muito tempo que queria experimentar fazer um carpaccio de beterraba e cenoura.  Abrindo o frigorífico, o melaço de romã, que tinha guardado, olhava para mim.  Pensei que a acidez e o doce da romã iriam muito bem com a beterraba. E assim foi.

Gostei da mistura dos sabores e não dá trabalho nenhum, desde que o melaço de romã seja feito antecipadamente.

Melaço de romã

  • 500 grs sumo romã
  • 50 grs açúcar mascavado
  • ½ c sopa sumo limão

Coloque todos os ingredientes no copo da Bimby e programe 40 min/Varoma/vel 2, sem o copo de medida na tampa. Se fizer num tacho, deixe todos os ingredientes a fervilhar durante uns 20 min em lume baixo/médio até atingir um ponto de compota.

Transfira para um pote de vidro esterilizado. O melaço engrossa quando arrefece. Manter no frigorífico.

O Lidl, no inverno, vende sumo de romã espremido na hora, o que facilita o trabalho de retirar os bagos à romã, triturá-los e filtrá-los para extrair o sumo.

Carpaccio para 6 pessoas

  • 2 beterrabas cozidas (ficam mais saborosas se forem assadas em casa)
  • 1 cenoura
  • 1 burrata de leite de búfala
  • Vinagreta com azeite 2% acidez, vinagre de vinho branco, sal e pimenta
  • 2 c sopa melaço de romã
  • Sementes de girassol
  • Raspas de laranja (bio)

Com umas luvas calçadas e uma mandolina fatiei as beterrabas e reservei.

Seguidamente, depois ter lavado a mandolina, fatiei a cenoura e reservei noutra taça.

Na hora de servir, espalhei as fatias de beterraba na travessa bonita da R. e, por cima, as rodelinhas de cenoura.

Temperei com a vinagreta e o melaço de romã.

Abri a caixinha da burrata, deitei fora o líquido e, cuidadosamente, abria-a sobre o carpaccio, espalhando as sementes de girassol e a raspa de laranja por cima, e terminando com um fiozinho de azeite.

Nota: Como alternativa, podem adicionar-se cominhos previamente torrados na frigideira e reduzidos a pó. Nesse caso, substitui-se o melaço de romã por uns fios de mel.

Foi um excelente dia que terminou com um digestivo chá de alecrim comprado na feira de Estremoz!

E, no meio de tanta festa, ainda conseguimos um cantinho só para nós, onde as ‘Entrelinhas’ receberam um novo membro (bem-vinda T.) e escolhemos o livro para a próxima partilha em casa da M.

Obrigada querida R., dia enorme, do qual saí de coração cheio! (e não só J)

 Ana

março 08, 2023

SOPA DE PEIXE DA MINHA MÃE COM TWIST

 


Sopa de peixe da minha mãe com twist

Descobri um livrinho escrito pela minha mãe onde estava esta receita de sopa de peixe.

Era muito simples mas as saudades fizeram o seu trabalho e decidi pôr mãos à obra, aproveitando 3 cabeças de chaputa (ainda com posta agarrada), que tinham sobrado do arranjo em filetes, e um caldo da cozedura de camarões que tinha previamente congelado.

A receita original leva menos ingredientes e a diferença de sabor está no caldo do camarão, mas também é muito boa.

Esta que coloco é feita de raiz, mas pode sempre aproveitar-se um caldo de camarão que tenha sobrado ou nem sequer o adicionar.

 Ingredientes para 4 pessoas

  • Azeite q.b.
  • 1 cebola média
  • 1 batata para cozer
  • 1 tomate maduro
  • Cabeças ou postas de qualquer peixe branco
  • Água + caldo de cozer o camarão
  • 1 malagueta (opcional)
  • 1 folha de louro
  • 2 dentes de alho laminados
  • 20 camarões (reservar 12 inteiros e partir os restantes)
  • Salsa
  • Sal

Comecei por cozer os camarões em água a ferver com sal, durante 3 min após a água levantar fervura.

Passei o caldo por um passador para retirar algumas impurezas que pudessem existir, descasquei os camarões e reservei ambos. Esta operação pode ser feita de véspera.

Enquanto o camarão cozia, arranjei a cebola em rodelas finas e cortei as batatas e o tomate em rodelas com 1cm de espessura.

Num tacho coloquei, por camadas, um pouco de azeite, as cebolas, as batatas, o tomate e por fim o peixe. Deitei ainda uma malagueta pequena (são mais picantes que as grandes), os alhos e uma folha de louro.

Acrescentei um pouco de água e algum caldo da cozedura do camarão, tapei o tacho e deixei a cozer por 15/ 20 min em lume brando.

Depois, retirei o peixe, desfiz em lascas e juntei aos camarões reservados. Parti 8 camarões em bocadinhos e separei 12 unidades, que deixei inteiras para enfeitar as taças onde servi a sopa.

Chegou a hora de triturar a sopa. Deve passar-se pelo passe-vite e não triturar num processador porque, com a emulsão,  a sopa fica laranja, perdendo a cor vermelha do tomate — foi o que me aconteceu porque me esqueci deste pormenor).

De seguida rectificam-se os temperos e  juntam-se as lascas de peixe e os camarões partidos em bocadinhos. Enfeitei com folhinhas de salsa e os camarões inteiros.

Vale a pena fazer de tão boa que é!

Faço as receitas da minha mãe porque me lembro cada vez mais da sua presença e a título de homenagem: pelo amor, dedicação e enorme paciência que sempre teve para com todas as vicissitudes da vida, incluindo a minha ‘reguilice’.

Que a sua memória perdure para as netas também através das suas receitas.

 Obrigada Mãe!

Ana 

março 03, 2023

FEIJOADA DE COGUMELOS

Feijoada de cogumelos

Foi em casa do Vasco que comi pela primeira vez uma feijoada de cogumelos. Bom cozinheiro e bom garfo, só era de esperar um óptimo resultado.

Gostei muito e decidi repetir a receita, acrescentando o concentrado de tomate e os enchidos.


Ingredientes para 8 pessoas

  •  azeite q.b.
  • 2 embalagens de bacon aos bocadinhos 
  • 10 rodelinhas de chouriço
  • 2 cebolas picadas
  • 1 folha de louro (sem o veio central) 
  • 4 dentes de alho picados 
  • 2 cenouras em rodelas finas
  • 1 pimento vermelho em quadradinhos
  • 2 tomates em cubinhos (não tirei a pele, só as sementes)
  • 1 c sopa de tomate concentrado 
  • 2 colher de sobremesa de colorau fumado
  • 100 ml de vinho branco (usei vinho tinto bom que tinha sobrado do jantar)
  • 500 grs cogumelos castanhos laminados (usei brancos porque era o que havia, mas os castanhos são mais saborosos) 
  • 2 latas grandes grs de feijão branco cozido (840 grs)
  • sal e pimenta q.b.

Aqueci o azeite, no qual deixei a refogar um pouco os enchidos. Depois, juntei a cebola e a folha de louro e deixei mais uns minutos até a cebola estar amolecida e transparente, juntando então os dentes de alho. Ficou mais uns minutos a ganhar sabor.

 

Acrescentei de seguida a cenoura em rodelas finas, o pimento vermelho, o tomate, o concentrado de tomate, o colorau e envolvi bem. Juntei o vinho e deixei a estufar no tacho tapado uns 5 minutos, em lume brando.

 

Agora era a hora de juntar os cogumelos e deixar novamente a estufar mais uns 5 minutos até que estes absorvam bem os sabores dos temperos.

 

No final, deitei o feijão contido nas latas, incluindo o líquido contido correspondente a lata e meia.

 

Retifiquei de sal e  pimenta e deixei ferver uns minutos em lume brando,

 

As feijoadas são sempre melhores comidas no dia  seguinte, mas esta estava mesmo muito boa para comer de imediato.


A Maria e o M. gostaram imenso. E eu também :) 

 

Com um arroz branco ou uma fatia de um bom pão torrado... comfort food no seu melhor!

 

Ana


Nota: a fotografia foi retirada da internet porque, mais um vez, me esqueço de a tirar. Mas ficou igual. Para a próxima vez que fizer, substituo.

SOPA DE LENTILHAS, TOMATE E LEITE DE COCO

A escolha das lentilhas por Drusilla Cole
Sopa de lentilhas, tomate e coco

Nigel Slater é um dos cozinheiros que sigo. Os seus livros são lindos. É na sua essência um poeta.

O seu modo de (d)escrever sobre o jardim, as estações do ano, os produtos, as taças que usa, nada é vulgar, é um prazer lê-lo devagar, com uma chávena de chá bem quente.

 

Esta sopa ficou muito boa. A doçura do leite de coco a contrabalançar com o picante da malagueta e a acidez do tomate, enriquece o conforto das lentilhas.

Sopa de inverno por excelência, mas confesso que a comeria durante todo o ano.

 

Ingredientes para 4 pessoas

  • 1,5 litros caldo de legumes
  • 250 grs lentilhas pequenas verdes ou castanhas
  • 2 cebolas médias
  • 3 colheres de sopa azeite
  • 3 dentes alho
  • 250 grs  tomate maduro
  • 1 c sopa polpa de tomate
  • 100 ml leite de coco
  • 2 ou 3 c chá de LaoGanMa (crispy chilli)
  • folhas de coentros para servir

Comecei por preparar o caldo de legumes (guardo um frasco com uma pasta de legumes feita na Bimby no frigorífico), juntando a uma colher de sopa da pasta o 1,5 lt de água a ferver.

 

Deitei as lentilhas (que não demolhei previamente) no caldo fervente e, assim que o caldo voltou à fervura, baixei um pouco o lume e deixei as lentilhas cozinharem durante 20 minutos ou até ficarem macias —ainda devem estar ‘al dente’.

 

De seguida, descasquei e piquei grosseiramente as cebolas. Aqueci o azeite numa panela grande, adicionei as cebolas e cozinhei por uns 20 minutos em fogo baixo até amolecerem. Descasquei os alhos, cortei-os em rodelas finas e juntei às cebolas. Deixei cozinhar mais uns minutos sem deixar queimar.

 

Nesta altura, piquei os tomates grosseiramente e misturei com o refogado, juntamente com a polpa de tomate. Deixei os tomates ferverem em lume baixo, parcialmente cobertos, até ficarem macios.

 

Juntei as lentilhas e o caldo da panela e temperei com sal, deixando a borbulhar por mais 10 minutos e, de seguida, misturei o leite de coco.

Como não tinha o LaoGanMa, deitei uns flocos de malagueta seca e, assim que a sopa voltou a estar bem quente, servi nas tigelinhas, enfeitadas com folhas de coentros e um golo de leite de coco.

 

Faz um óptimo jantar, acompanhado de uma fatia pão torrado.

 

Ana

março 02, 2023

MELANZANE PARMIGINANA

 

Melanzane Parmigiana

O Chef Miguel Mesquita colocou um vídeo no site da TeleCulinária com uma receita de beringelas à parmigiana ou, melhor dizendo, Melanzane Parmigiana.  É muito boa mas dá um pouco de trabalho a fazer, pelo que aconselho a ter já a tomatada pronta e as beringelas fritas de véspera, para que seja só montar o prato na hora.

Ingredientes

  • 1,5 kg beringelas + sal grosso q.b. para retirar o amargo às beringelas
  • 3 c sopa azeite
  • 1 cebola
  • 1 dente alho
  • 2 c sopa polpa de tomate
  • 400 grs passata de tomate
  • Sal qb
  • 7 folhas de manjericão
  • 250 grs queijo mozarela ralado
  • 50 grs parmesão ralado
  • 1 queijo mozarela fresco

Para a tomatada
Refogar em azeite 1 cebola e um alho picados.

Juntar a polpa de tomate, a passata e um pouco de sal.

Depois de tudo bem estufadinho acrescentar as folhas de manjericão.
Reservar.

Preparação das beringelas
Cortar as beringelas em fatias grossas e deixar a descansar numa tijela durante 1 hora, alterando camadas de beringela com um pouco de sal grosso.  Passado este tempo, lavar e enxugar bem em papel de cozinha.  Fritar depois as rodelas numa frigideira anti-aderente em 3 colheres de sopa de azeite, virando a meio da fritura. As beringelas são como esponjas pelo que o azeite deve estar bem quente. Vou acrescento o azeite à medida que é necessário. A receita original frita de forma tradicional em óleo, mas eu prefiro assim. Reservar

Agora é hora de montar as várias camadas.

Num pyrex colocar:

  • 1 camada de tomatada (1/3)
  • 1 camada de beringelas (1/2)
  • 1 camada de queijo mozarela ralado (1/2)
  • 1 camada de parmesão ralado (1/2)

Repetir as quatro camadas.

Terminar com 1 camada de tomatada (1/3) e, por cima, 1 queijo mozarela fresco partido com as mãos. 
Vai ao forno a gratinar a 200ºC durante 40 min.

É um prato muito aconchegante e guloso!
É tão bom!!!! Filha pequena e M. gostaram muito!

Ana

fevereiro 21, 2023

BACALHAU À VASCO VAN ZELLER

Bacalhau à Vasco van Zeller

Aos fins de semana costumo ir mudar de ares para um refúgio que tenho em Alcácer do Sal.

 

Neste tempo de intervalo dos meus dias de trabalho em Lisboa, são raras as vezes em que não almoço ou janto em casa do meu amigo Vasco; ou melhor, em que não passo no ‘clube’, nome dado à casa pelo anfitrião e adoptado pelos amigos e vizinhos.

 

Na mesa e coração do Vasco cabe tudo: amigos, amigos dos amigos, família, vizinhos, conhecidos, discussões acesas, gritos, risadas, o ladrar dos cães, o piar pontual do passarinho a cada hora que passa —sim, porque às vezes passam-se horas nessa viva partilha de ideias, feitios e vinho.

 

Se houver mais um amigo, venha ele!

 

Desta vez o almoço era para três, mas ficou para dois a gulodice de um bom bacalhau cozido com todos, regado com um azeite do melhor e engalanado com cebolinha, alho e salsa picados, para além do colorido quente da balcânica paprika. Um bacalhau vestido a rigor e muito vistoso.

 

Aqui vai a receita que o Vasco me deu, simples e muito boa:

 

Ingredientes

  • Postas de bacalhau bom (pode ser seco e demolha-se primeiro ou comprar já demolhado e congelado)
  • Couve portuguesa
  • Grão (pode ser seco, demolhado e cozido ou comprar o de frasco)
  • Batata para cozer

Começou o ‘Chef’ por cozer o bacalhau, já demolhado, em água com sal, um dente de alho e uma folha de louro.

Noutro tacho deitou as batatas lavadas e com casca, juntamente com algumas folhas de couve e levou a cozer também em água com sal.

O grão desta vez  já estava cozinhado, porque foi de frasco.

 

Enquanto isso, disse o Vasco:

- Tenho que  ir comprar salsa porque senão o bacalhau não tem graça nenhuma.

Eu, cheia de fome:

- Mas tens mesmo?

- Sim! Responde o Vasco, cuja autoridade emana de Van Zeller nestas alturas.

- Eu vou! Disse eu, a calcular todos os minutos que passavam.

E lá fui, não ao supermercado que era mais longe, mas ao restaurante vizinho pedir uns pés de salsa!

 

Mas, continuando a receita, na hora de servir, colocou num tabuleiro já cozidos o bacalhau, as batatas às rodelas grossas, o grão e as folhas de couve e levou ao forno para aquecer, depois de regar por cima com bom azeite.

É bom este prato porque pode fazer-se com antecedência e aquecer na hora deitando  o azeite por cima.

 

Entretanto, na mesa colocaram-se, em quatro tacinhas separadas, os seguintes acompanhamentos para cada um vestir o seu bacalhau, a gosto.

  • Cebola picada
  • Alho picado
  • Folhas de salsa picadas
  • Paprika doce
  • Pimenta preta em grão

O vinho tinto alegrou a conversa antes, durante e depois.

Só vos digo que estava tudo delicioso! Top Top!

 

Sermos só dois permitiu ainda me aventurar a repetir e roubar um pouco da terceira posta que não me era destinada! Sorte a minha!  De resto, a conversa fluiu como sempre, terminando com a partilha de duas miniaturas de um Fidalgo e um Pão de Rala.

 

Seguiu-se um café para mim com amigos à beira rio e uma sesta para o Vasco!

Há lá melhor vida que aquela que a gente tem!

 

Obrigada Vasco pela amizade e generosidade de sempre. Sempre achei que depois de uma certa idade já não se fazem amigos. Enganei-me. A vida sempre a surpreender!

 

Ana