março 18, 2024

ALHO FRANCÊS NA FRIGIDEIRA COM OVOS E ZA’ATAR BY OTTOLENGHI

Here comes the sun, doo-doo-doo-doo

Little darlin', it's been a long, cold, lonely winter
Here comes the sun
Little darlin', it feels like years since it's been here

Here comes the sun
Here comes the sun
And I say, it's alright

 

Nada melhor para receber este tempo de renascimento do que um prato do Médio Oriente, cheio de sol e especiarias, de um dos meus chefs preferidos, Yotam Ottolenghi, do qual tenho vários livros.

Todas as receitas que tenho experimentado dos seus livros ou site são fantásticas e muitas delas bastante fáceis.

 

Tinha já preparado os preserved Lemons e, para lhes dar uso, fui pesquisar uma receita num dos seus livros, desta vez o Simple; com o sol a anunciar a Primavera, esta é uma opção muito boa.

 

Em Portugal, os preserved lemons e o za’atar não são ingredientes que se tenham na despensa de todos os dias, a não ser que, como eu, gostem dos sabores do Médio Oriente. No entanto, o za’atar encontra-se facilmente no Corte Inglês, GoNatural ou Celeiro, ou mandando vir da Amazon e/ou na loja Ottolenghi

 

Fiz metade da receita e é para repetir, tão bom!


Ingredientes para 6 pessoas

  • 30g de manteiga sem sal
  • 2 c sopa de azeite (1+1)
  • 530 grs de alho francês (parte branca de 2 alhos franceses grandes ou 4 pequenos) cortado em rodelinhas de ½ cm
  • Sal (1/2 c chá) + pitada de sal para pôr sobre os ovos (pouco porque o queijo é muito salgado)
  • Pimenta preta
  • 1 c chá de sementes de cominhos, torradas e levemente esmagadas
  • 30 grs de limões pequenos em conserva (preserved lemons), sem os caroços e com a pele e polpa finamente picadas
  • 300ml de caldo de legumes (usei caseiro e feito na Bimby)
  • 200grs de folhas de espinafre baby (não tinha baby, fiz com as de tamanho normal)
  • 6 ovos grandes
  • 90gr de queijo feta partido em pedaços de 2cm (essencial nesta receita)
  • 1 c sopa de za'atar

Coloque a manteiga e 1 colher de sopa de azeitenuma frigideira bastante grande com tampa (a minha tinha um diâmetro de ~30 cm) e leve a lume médio-alto.


Assim que a manteiga começar a espumar, acrescente o alho francês, ½ colher de chá de sal e bastante pimenta. Cozinhe por 3 minutos, mexendo sempre, até o alho francês ficar macio.

Adicione os cominhos, o limão e o caldo de legumes e ferva rapidamente por 4–5 minutos, até que a maior parte do caldo tenha evaporado. Junte os espinafres e cozinhe por mais 1 minuto até estes murcharem, depois reduza o lume para médio.

Use uma colher grande para fazer 6 cavidades na mistura e quebre um ovo em cada espaço. Polvilhe os ovos com uma pitada de sal, espalhe o queijo feta em volta dos ovos e tape a frigideira. Cozinhe por 4–5 minutos até que as claras estejam cozidas, mas as gemas ainda líquidas (eu prefiro as gemas mais cozidas, pelo que deixei mais uns minutos).

Quando tudo estiver pronto, misture o za’atar com a colher de sopa restante do azeite e pincele os ovos.

Sirva imediatamente, acompanhado de um bom vinho branco fresquinho e umas fatias de bom pão torrado. Usei um de Rio Maior, porque gosto muito do sabor.

A grande vantagem deste prato é que pode ser confeccionado com antecedência, até ao ponto em que se abrem os ovos na mistura. Depois é tudo uma questão de poucos minutos até ser servido.

Ana

TAPENADE DE AZEITONAS GALEGAS RETALHADAS EM CONSERVA


Azeitonas galegas retalhadas em conserva 

Vinte e cinco de Outubro, domingo, mais um fim de semana em Alcácer onde posso passear sem horas, pensar sem horas, perder-me pelo labirinto de ruas como esta formiga por entre as malhas da minha camisola. Uma paz, um tempo que dura e não se contam em minutos que passam a correr e dias que não existem, pois a corrida contra o tempo perdido de trabalho, no que há a fazer e não se fez, não pára. Lá longe, sou obrigada a fazer pouco e desviciar-me da acção.

Não é fácil e, por isso, quando deambulava e subia pelas curvas da colina fui olhando para várias oliveiras caregadinhas de azeitonas galegas, umas ainda verdes, outras já pretas, cobertas de um pó fino que lhes dá um ar de Natal nórdico.

Ao pé de um campo de oliveiras, junto ao Castelo, estava uma senhora a pendurar roupa. Abeirei-me e iniciei conversa sobre como preparar as azeitonas em casa para as tornar comestíveis.

- Olá bom dia! posso roubar umas azeitonas?
- Roube à vontade, olhe, elas caem no chão e não há quem as apanhe...
- E a senhora sabe como se preparam? experimentei agora uma e era amarga...
-Ah, não se podem comer assim! Primeiro tem que as retalhar, dá 3 golpes em volta...há quem faça uma cruz. Depois põe-nas em água e vai mudando a água todos os dias até vir limpa. É para elas sangrarem e largarem o azedo. Passado mais ou menos 1 mês já estão boas.  Então faz a conserva. Coloca-as num frasco com água, sal, orégãos, louro e deixa-as por uma semana. Depois, deita essa mistura fora e faz outra igual. Mais um mês a tomar gosto e fica pronta a comer.
- Obrigada! tenha um bom domingo!
- Para si também!

E foi assim! A mim demoraram 20 dias até a água sair transparente. Ainda fui ao café da Leninha e falei com a mãe, a Sra. D. Antonieta, que acrescentou gomos de laranja ou laranja e limão para dar sabor à conserva e para 'ter cuidado com elas porque tingem muito as mãos'. O pai tinha uma adega, elas em pequenas ajudavam na apanha e assistiam à feitura da conserva.

É destes saberes que o meu coração se enche e me afasta cada vez mais do bolício citadino, das compras, dos carros, da poluição, do Covid, etc, etc, etc.

Mal cheguei a Lisboa, puz mãos à obra. Ainda falei com a Ju que disse que se costumam ferver para acelerar o processo de lhes retirar o azedo...  Para já, fiz com me ensinaram. 

Agora, é só esperar, depois conto.

Ingredientes

  • Azeitona galega
  • Água
  • Sal grosso
  • Gomos de limão e laranja
  • Folha de Louro
  • Orégãos

Ficaram de excelente sabor mas muito moles. Fiz uma tapenade com elas! óptima/
Entretanto a minha amiga Chantal, que vive em Alcácer, deu-me outra receita e essas ficaram muito boas.
Nunca desistir!
Receita neste blog.

Ana

março 10, 2024

BOLACHAS DE AVEIA INTEGRAIS AROMATIZADAS COM RASPA DE LIMÃO OU COM ALPERCES SECOS

Bolachas de aveia integrais aromatizadas com raspa de limão ou com alperces secos

 

Gosto muito das receitas da Rita Nascimento.

Tenho vários livros dela, mas desta vez segui uma receita do seu blog.

https://ladolcerita.net/receita/cookies-de-aveia-integrais/

Em casa, a recuperar de uma lombalgia mas já a poder mexer-me um pouco, fiz estas bolachinhas que são muito boas.

Ingredientes para 14 bolachinhas

– 120 gr flocos de aveia grossos
– 60 gr farinha integral
de trigo + 20 gr gérmen de trigo (não tinha gérmen de trigo, pelo que

   usei 80 grs da farinha
– 1 c
chá de fermento em pó para bolos
– 1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
– 1 pitada de sal

– 100 gr manteiga com sal amolecida
– 120 gr açúcar amarelo

– 1 ovo tamanho L à temperatura ambiente (uso sempre Bio)

1 c chá de raspa de limão

2 c sopa alperces secos picadinhos

 

Numa tijela, comecei por misturar os secos (a aveia, a farinha, o fermento, o bicarbonato de sódio e o sal).

 

Retirei o tabuleiro de forno para fora e coloquei por cima uma folha de papel vegetal anti-aderente. Pré-aqueci o forno a 180º.

 

Noutra tijela misturei a manteiga com o açúcar com ajuda de uma colher de pau até obter uma pasta e incorporei o ovo.

 

Juntei a esta mistura os ingredientes secos, e envolvi só até estar tudo ligado. Não mexer demais.

 

Dividi a massa ao meio e numa metade juntei a raspa de limão e na outra os alperces secos.

 

Com a ajuda de uma colher de gelado fui deitando bolinhas de massa no tabuleiro, bem espaçadas porque alargam bastante. Como tenho um forno normal de 60cmx60cm, fiz as bolachas em duas fornadas. Estas bolachas ficam grandes. Se fizer mais pequeninas, diminua um pouco o tempo de cozedura.

 

Também podem usar uma colher normal, mas, neste caso, devem pesar-se as bolinhas para que fiquem todas do mesmo tamanho e tenham assim o mesmo tempo de cozedura.

 

Cozeram no forno pré-aquecido a 180ºC até estarem douradinhas. As minhas demoraram 12 min.

Elas saem moles ainda e endurecem cá fora. Retirei-as do forno com ajuda de uma espátula e deixei-as a arrefecer numa placa de rede.

 

Coloquei-as dentro de uma caixa de lata na despensa, para não amolecerem.

 

A RN propõe juntar às bolachinhas pepitas de chocolate de chocolate, frutos secos picados, sementes ou especiarias (com canela devem ficar óptimas também).

 

Ana

maio 24, 2023

SALADA RUSSA

a fotografia não é minha mas ficou igual :)
Salada Russa

A Primavera parece Verão, infelizmente! apetece-nos coisas frescas, leves, como se estivéssemos em Agosto. Assim, adaptando uma receita do Chef Pedro Sommer, fiz esta salada russa que fica muito boa.

Ingredientes

  • 2 batatas médias
  • 2 cenouras grandes
  • 1 nabo
  • 200 grs de ervilhas
  • 3 latas de atum

Maionese

  • 2 ovos bio
  • 1c sopa mostarda
  • 1 c chá sumo limão
  • 3 dl óleo
  • sal fino e pimenta qb
  • Salsa qb
  • 8 ovinhos de codorniz ou 3 ovos

Cozem-se separadamente em água com sal, as batatas, as cenouras e o nabo (partidos em pedaços de 2 cm) e as ervilhas.

Deixam-se arrefecer.

Para a maionese, coloquei na Bimby os ovos, a mostarda, o sal e a pimenta e misturei durante 10 seg à velocidade 5. De seguida, mantendo a mesma velocidade, fui vertendo o óleo em fio através da tampa com o copo medidor colocado - o óleo escorre para o copo e emulsiona a maionese. Quando pronta, envolvi a salsa picadinha e reservei no frigorífico.

Para a montagem, coloquei num pyrex todos os legumes, juntei o atum, escorrendo primeiro o líquido da lata, e envolvi bem na maionese. 

Enfeitei com os ovinhos de cordorniz por cima.

Fresquinha, é uma delícia!

TIP: Aproveitei para marinar uns bifes de perú na maionese que sobrou, à qual juntei um pouco de harissa (que tinha trazido de Marrakech e que acrescenta um picante óptimo), uma folha de louro e dentes de alho laminados. Depois foi só grelhá-los e servir com uma salada verde.

Ana

março 30, 2023

SALADA QUENTE DE COURGETTE e HALLOUMI COM MOLHO DE IOGURTE

Three Zucchini, Still life oil painting
https://sharonschock.com/blogs/news/three-zucchini-still-life-oil-painting-6x6
Salada quente de courgette e halloumi com molho de iogurte

Gosto cada vez mais de comida mediterrânica, especialmente a grega.

Pegando numa receita da Heidi Flett da Linen&Fork, e porque o calorzinho desta semana chama pelas saladas, fui para casa preparar este festim.

Em vez da rúcula, coloquei uma base da alface que o Sr. João Manso apanhou e me ofereceu no domingo.

Ficou muito boa e o molho de iogurte é indispensável, principalmente se usarmos um saboroso azeite como este que o a Lou e o marido me ofereceram.

Ingredientes

  • 3 courgettes, cortadas em fatias com 6mm de espessura e na diagonal
  • 1 c chá de folhas frescas de alecrim, picadas
  • 2 c de sopa  azeite extra virgem
  • 250 grs haloumi em fatias com espessura de 0,5cm
  • 50 grs rúcula bebé (usei alface)
  • pimenta preta

Molho de iogurte

  • 1/2 chav iogurte grego simples
  • 1/4 chav endro fresco picado
  • 1 dente de alho esmagado
  • 2 c. sopa de sumo de limão
  • 2 c. sopa de azeite extra virgem

Coloque o iogurte, o endro, o alho, o sumo de limão e o azeite numa taça e mexa bem com um fouet para emulsionar a mistura. Tempere com sal e pimenta. Reserve no frigorífico

Coloque a courgette, o alecrim e 1 c sopa de azeite numa tigela e misture bem.

Aqueça uma frigideira grande antiaderente em lume médio-alto.  Cozinhe a courgette por uns minutos de cada lado ou até dourar.  Reserve numa tijela quente e tapada para manter o calor.

Noutra tijela, misture bem o haloumi e 1 c sopa azeite. Na mesma frigideira quente onde cozinhou as courgettes, junte o haloumi e deixe tostar levemente por 1 minuto de cada lado ou até dourar.

Coloque a rúcula (alface, neste caso), a courgette e o haloumi numa travessa.

Tempere com pimenta.

Regue com o molho de iogurte e sirva imediatamente.

O molho de iogurte pode ser feito com antecedência e guardado no frigorífico até à hora de servir, por 1 dia.  Como sobrou, vou usar como dip para as alcachofras que comprei.

Ana

março 28, 2023

CARPACCIO DE BETERRABA E CENOURA COM MELAÇO DE ROMÃ, SEMENTES DE GIRASSOL E RASPA DE LARANJA

Carpaccio de beterraba e cenoura com melaço de romã

 Fui almoçar a casa da R. no Alentejo.  O dia estava lindo e convidativo a um encontro entre amigos e a todos os que, apesar de serem conhecimentos recentes ou mesmo novos, rapidamente se tornaram próximos.

Fui recebida pela R. e pelo A. de uma forma calma, amiga, descontraída, como se nos conhecêssemos há muitos anos.

A casa, com pormenores em azul céu, emanava a mesma energia positiva e tranquila dos meus novos amigos. Todos os espaços, cheios de luz e onde a paisagem verde alentejana espreita pelas janelas, foram articulados de modo a acolherem, a tornarem-se lugares de memórias, de afectos construídos e partilhados pelas filhas, família e amigos — mais do que uma casa bonita, sente-se um ‘home feeling’, o início de um ninho familiar, onde as sucessivas gerações vão certamente viver óptimos momentos, enriquecendo-os com o seu cunho pessoal.  Uma bênção, o espírito desta família.

 O almoço foi servido no espaço exterior, peça central da casa e ideal para esta época do ano, cujo calor da terracota, me trouxe à memória Luis Barragán.

Centrando o olhar sobre a mesa, os queijinhos de entrada e os enchidos, acompanhados por fatias de pão alentejano e pelos óptimos vinhos biológicos Encosta das Perdizes, produzido pelo dono da casa, deram o primeiro tom à conversa, quebrando o gelo entre os que não se conheciam tão bem.

Seguiram-se uns ovos fantásticos com farinheira feitos pelo A., de um amarelo tal, que pareciam os girassóis de Van Gogh. Aquela cor só mesmo de ovos de galinhas super felizes e que se passeiam alegremente pelo campo a comer coisas boas!  Cá para mim, têm uma alimentação melhor que a minha!

E depois, veio a feijoada, quentinha, servida como deve, dentro do recipiente onde foi feita, para não arrefecer!

Um pão-de-ló extraordinário, daqueles molhadinhos, trazido pela C., uma blättertorte da M. e umas bolachas com flor de sal postas na mesa pela T., cortados por umas uvas —contrabalanço ácido à enorme provocação de doces que surgiam diante de nós—, terminaram este banquete.

Mas voltando à razão deste post, ofereci-me para levar uma entrada para o almoço.  Há muito tempo que queria experimentar fazer um carpaccio de beterraba e cenoura.  Abrindo o frigorífico, o melaço de romã, que tinha guardado, olhava para mim.  Pensei que a acidez e o doce da romã iriam muito bem com a beterraba. E assim foi.

Gostei da mistura dos sabores e não dá trabalho nenhum, desde que o melaço de romã seja feito antecipadamente.

Melaço de romã

  • 500 grs sumo romã
  • 50 grs açúcar mascavado
  • ½ c sopa sumo limão

Coloque todos os ingredientes no copo da Bimby e programe 40 min/Varoma/vel 2, sem o copo de medida na tampa. Se fizer num tacho, deixe todos os ingredientes a fervilhar durante uns 20 min em lume baixo/médio até atingir um ponto de compota.

Transfira para um pote de vidro esterilizado. O melaço engrossa quando arrefece. Manter no frigorífico.

O Lidl, no inverno, vende sumo de romã espremido na hora, o que facilita o trabalho de retirar os bagos à romã, triturá-los e filtrá-los para extrair o sumo.

Carpaccio para 6 pessoas

  • 2 beterrabas cozidas (ficam mais saborosas se forem assadas em casa)
  • 1 cenoura
  • 1 burrata de leite de búfala
  • Vinagreta com azeite 2% acidez, vinagre de vinho branco, sal e pimenta
  • 2 c sopa melaço de romã
  • Sementes de girassol
  • Raspas de laranja (bio)

Com umas luvas calçadas e uma mandolina fatiei as beterrabas e reservei.

Seguidamente, depois ter lavado a mandolina, fatiei a cenoura e reservei noutra taça.

Na hora de servir, espalhei as fatias de beterraba na travessa bonita da R. e, por cima, as rodelinhas de cenoura.

Temperei com a vinagreta e o melaço de romã.

Abri a caixinha da burrata, deitei fora o líquido e, cuidadosamente, abria-a sobre o carpaccio, espalhando as sementes de girassol e a raspa de laranja por cima, e terminando com um fiozinho de azeite.

Nota: Como alternativa, podem adicionar-se cominhos previamente torrados na frigideira e reduzidos a pó. Nesse caso, substitui-se o melaço de romã por uns fios de mel.

Foi um excelente dia que terminou com um digestivo chá de alecrim comprado na feira de Estremoz!

E, no meio de tanta festa, ainda conseguimos um cantinho só para nós, onde as ‘Entrelinhas’ receberam um novo membro (bem-vinda T.) e escolhemos o livro para a próxima partilha em casa da M.

Obrigada querida R., dia enorme, do qual saí de coração cheio! (e não só J)

 Ana